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Poodle Manchinha, de Maringá, já anda e brinca; família nega que vá sacrificá-lo

24 de julho de 2011
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Maria Helena e Manchinha. Foto: Reprodução O Diário

( da Redação)

A ANDA reproduziu na sexta-feira (22) uma matéria divulgada no site o Diário.com a sobre o poodle Manchinha, de oito anos, que se envolveu em uma briga com um pitbull e um rottweiler para defender a tutora e que, segundo a reportagem, poderia ser sacrificado já que havia chances de ficar paraplégico.
Esta informação era algo grave e absolutamente inaceitável. Os animais, assim como nós têm direito à vida e a paraplegia não é sinônimo de morte ou doença. Em contato hoje com Adriana Mara Bernardes Silva, uma das tutoras do Manchinha, a ANDA soube que a informação sobre a possibilidade de eutanasiar o cão por conta da paraplegia não procedia. Segundo ela informou,  a família inclusive havia pedido que o jornal  O Diário fizesse uma nova matéria sobre o caso, que publicamos abaixo, e fez questão de contar toda a história para a ANDA.  Adriana Silva disse quenos  manterá informados sobre a recuperação do Manchinha. Ao final da matéria publicamos o relato da tutora.

Matéria
O poodle Manchinha, de oito anos, que se envolveu em uma briga com um pitbull e um rottweiler para defender a dona, já está andando e brincando com a família. Mesmo quando esteve à beira da morte, a família nunca pensou em sacrificá-lo, conforme informação divulgada na manhã deste domingo (24) por Adriana Mara Bernarde Silva, de 36 anos, nora da dona do poodle, Maria Helena da Silva, de 65.

já está andando e brincando com a família. Mesmo quando esteve à beira da morte, a família nunca pensou em sacrificá-lo, conforme havia sido divulgado pelo O Diário de  Maringá (PR). O caso foi esclarecido na manhã deste domingo (24) por Adriana Mara Bernarde Silva, de 36 anos, nora da tutora do poodle, Maria Helena da Silva, de 65.

Na tarde de sábado (23), Manchinha ficou feliz em ver a família. “Ele brincou, subiu no colo… Está lindo, latindo…”, diz Adriana, muito emocionada, em meio a lágrimas. “Mesmo se o Manchinha ficasse totalmente paralítico, nós não iríamos sacrificá-lo. Ele é como filho para nossa família. Eu tenho cinco filhos, e o Manchinha é o sexto”, relata.

De acordo com a Adriana, o estado de saúde Manchinha está evoluindo bem. “O pior já passou. Manchinha precisou fazer uma cirurgia de hérnia, passou mal durante o procedimento, mas já está bem. Ele está fazendo fisioterapia, andando no espaço em que pode andar na clínica, e a recuperação está muito além do esperado. Apesar de as feridas estarem grandes, imensas, estão sendo bem tratadas”, frisa Adriana. “O doutor Fernando, veterinário do Manchinha, disse em entrevista que já se passaram as 48 horas em que corria ele risco de morte. O médico usou os seguintes termos: Manchinha foi muito herói e guerreiro”.

Manchinha foi registrado no nome de Adriana, e era de um dos filhos dela, quando, há dois anos, passou a ser cuidado e considerado como filho por Maria Helena. “A minha sogra cuida do Manchinha como se ele fosse filho dela. Apesar de ter apenas 20% da visão, todos os dias, ela se levanta e vai preparar o franguinho desfiado dele com arroz, e a gente leva para o Manchinha”, explica Adriana.

O poodle foi removido pelos tutores da primeira clínica onde foi internado. Conforme Adriana, a remoção ocorreu por “falto de preparo da equipe da clínica”. Agora, o cão se recupera em outra clínica, com médicos melhores, diz Adriana.

Ainda segundo Adriana, após o ataque dos cães, Maria Helena, que foi salva por duas vizinhas e por Manchinha, apresentou piora no quadro de saúde.

Fonte:  O Diário

Relato da tutora Adriana : No sábado dia (16), minha sogra e também tia Dona Maria Helena, estava chegando em sua casa a 50 metros da minha, quando foi atacada pelos cães, que na ocasião estavam na rua. O portão da casa da vizinha estava aberto, minha sogra como não enxerga quase nada e, no escuro, não viu os animais. Manchinha já tinha entrado no quintal quando minha sogra ia fechar o portão e foi derrubada pela pitbull. Manchinha, tão pequeno e frágil num ato heróico e de AMOR entrou na frente e atacou o cão, nisso o rottwailer também deixou minha sogra e partiu para cima do nosso podlle. Nisso as vizinhas duas irmãs que estavam chegando levantaram minha sogra e a colocaram em seguranca. Enquanto minha sogra gritava para alguém salvar o Manchinha, as mesmas irmãs foram para cima dos cães com muita coragem e tentaram separar os animais e os cachorros só soltaram o Manchinha quando pensaram que ele já estava morto.No momento, meu esposo pegou o podlle e levou o mais rápido possível ao veterinário mais próximo. Não contente com o local, cuja estagiária tinha levantado a possibilidade de que teria que eutanasiar o Manchinha, eu o removi e o levei para outra clínica, no qual o Dr.Fernando, muito carinhoso e ótimo profissional me explicou o que ele tinha e o que teria que ser feito. Manchinhaestava com as plaquetas baixas, pois perdeu muito sangue,mas que suportaria a cirurgia que teria que ser feita, pois tanto trauma causou-lhe uma hérnia. Manchinha fez a cirurgia,a qual ocorreu dentro do esperado, houve sim a tensão das 48 horas que existe até para com uma pessoa quando se submete a tal cirurgia. Manchinha nunca precisou usar sonda para suas necessidades, não tem e não teve nenhum risco de ficar paraplégico ou algo assim, como foi divulgado pela reportagem de O Diário. Em momento algum foi cogitado pela família ou pela tutora dele há 2 anos, visto que ele foi um presente de meu marido a minha filha e a mim e ela está com 8 anos de idade, mas há dois anos está ajudando a vovó a ser feliz, pois é como filho para ela assim como para nós. Sofremos muito com toda a situação e ainda estamos sofrendo, porque tenho três filhos legítimos e dois de coracão, tão amados como os outros e o Manchinha é nosso sexto filho. Nunca pensamos em perder o Manchinha, o qual até oramos todos os dias para ele. Não medimos nem tempo nem esforcos, para salvar a vida dele. E mesmo que ele mexesse apenas os olhinhos mesmo assim seria nosso bebê e nunca faríamos um ato monstruoso de tirar a vida dele. Porque se não matamos um filho porque mataríamos ele que é como filho? Hoje dia 24, Manchinha está muito bem,ontem dia 23 ele andou no local apropriado da clínica e até subiu no meu colo,ele já está com aquela expressão na carinha de sorriso e de que está bem. O médico nos disse que ele além de herói é muito guerreiro e que nosso amor está fazendo ele se recuperar ainda mais rápido. Fiquei chocada quando a noticia foi publicada errada em O Diário, jornal local, afinal minha sogra nunca falou com eles, quem deu entrevista, quem procurou eles fui eu. Só comigo eles falaram. Enviarei sempre a ANDA notícias da melhora do Manchinha que tem nome e sobrenome: Manchinha Bernardes Gomes Silva. Assim que possível estarei postando fotos dele, a cada dia de sua melhora. Apesar de ter feridas imensas em seu corpinho,ele tá muito bem e é nossa felicidade, só temos que agradecer a Deus por ele estar vivo depois de tudo que ele passou. Obrigada desde já.

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