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Tutora diz que irá sacrificar seu cão se ele ficar paralítico

22 de julho de 2011
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Manchinha no colo da tutora de quem salvou a vida (Foto: Divulgação)

Manchinha, o poodle que enfrentou um pit bull e um rotweiller para defender sua tutora, no último fim de semana, em Maringá (PR).

O animal sofreu ferimentos graves e corre o risco de ficar sem o movimento das patas.

Além de escoriações, o cachorro teve danos nos órgãos internos e lesões na coluna vertebral. Na tarde desta terça-feira (19) ele passou por uma cirurgia na região intestinal. “Felizmente essa operação deu certo”, conta Naiara Silva, neta da senhora tutora do animal, Marial Helena da Silva.

A situação mais delicada está na região da coluna vertebral do poodle. “Ele sofreu danos sérios, tanto que não consegue mover as patas traseiras e quase não tem respostas nas patas dianteiras”, relata Naiara.

A tutora, no entanto, pensa em sacrificar o animal, caso ele fique paralítico:  “ele está totalmente dependente, até para fazer suas necessidades necessita de uma sonda. Seria muito triste para ele ficar paraplégico. Acho que seria a opção mais bondosa”, afirmou a tutora.

Para tentar reverter a situação, o animal passará por outra cirurgia na tarde desta quarta-feira (20). “Nossa esperança é que o procedimento ajude ele a recuperar a sensibilidade e volte a andar”, diz Naiara.

Heroísmo canino

Machinha tem oito anos e defendeu a tutora, Maria Helena, de dois cachorros que chegaram a derrubá-la no chão. A situação aconteceu enquanto eles passeavam, no fim da tarde de domingo (17), na Rua Venezuela, no Jardim Alvorada.

Com informações de O Diário

Nota da Redação: Estamos diante de um caso de rejeição e crueldade contra um animal que arriscou a própria vida para salvar a tutora. É assombrosa a incapacidade humana de retribuir o afeto e o respeito que os animais nos dirigem com tanta verdade e pureza. Um animal não pode ser sacrificado simplesmente porque perdeu o movimento das pernas (o que ainda não aconteceu, e torce-se para que não aconteça). Tirar a vida de um animal é, antes de tudo, uma prova de desamor, de crueldade e caracteriza, ainda, ato criminoso, pois a eutanásia deve ser aplicada apenas em casos insolúveis, em que viver significa sofrimento e fardo – com certeza não é este o caso. O caso é a falta de vontade e de disposição da tutora em oferecer os cuidados e acolhimento que o seu cão precisará receber, depois de unir todas as suas forças para salvá-la. A ANDA manifesta aqui total repúdio a uma decisão cruel e absurda de sacrificar um animal inocente, um verdadeiro herói, apenas porque ficou ou ficará paralítico.

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