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Funcionário de abrigo deixa cachorro morrer de calor, nos EUA

22 de julho de 2011
3 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

Foto: Animals Change

O Centro-Oeste dos Estados Unidos é abafado e as temperaturas deste verão estão batendo todos os recordes. Os funcionários das entidades humanitárias, como Phyllis Mayer, de Evansville, na Pensilvania, precisam ficar atentos aos cachorros, que podem morrer devido ao calor.

Quando Phyllis notou que um golden retriver estava em perigo, ela chamou o controle animal. O cachorro estava trancado em um cercado, ofegante e sob o sol. Seu único abrigo era um iglu para cachorros, feito de plástico e não de gelo. Em vez de oferecer sombra, a casinha estava mais para um forno.

Os animais mais suscetíveis a sofrer no verão são os cachorros: além dos casos em que o animal fica trancado dentro de carros quentes, os cães são acorrentados ao ar livre, sem sombra ou sem possibilidade de sair do sol forte.

Phyllis espera que o controle animal dê ao golden retriver algum alívio para o calor mortal que sentiu, mas ela ficou sabendo que há apenas um encarregado de plantão neste departamento, que sai quando pode.

No dia seguinte, as coisas não tinham melhorado. O calor não cessou, as condições do cachorro pioraram e Phyllis chamou o departamento de controle animal de novo. Mais uma vez nada foi feito pelo cachorro. Mais um dia se passou até que Phyllis resolveu ligar para a polícia e informar que havia chamado sem sucesso o controle animal duas vezes e que agora o cachorro já estava morto.

Uma necrópsia foi feita no cão para averiguar se poderão ser apresentadas acusações contra o tutor.

Monica Freeman, supervisora do controle animal, afirmou que funcionário do departamento atendeu o segundo chamado de Phyllis, mas como o cachorro estava abrigado e não parecia estar negligenciado pelo tutor, nada fez.

Foto: Animals Change

Talvez o controle animal de Evansville e a polícia precisem ler a seção 6.05.060 (c) (1) do regulamento: “Abrigo sob o sol – quando o sol pode causar superaquecimento, feridas graves ou morte do animal, deve ser oferecida sombra suficiente para que o animal que esteja ao ar livre possa se proteger da incidência direta dos raios solares. Ninguém pode confinar ou isolar os animais em áreas descobertas sem que hajam abrigos apropriados.”

Um iglu feito de plástico mantido diretamente sob os raios solares não pode ser qualificado como “abrigo apropriado” e claramente não foi suficiente para salvar o cachorro de superaquecimento.

Ainda mais preocupante é a afirmação de Monica Feedman a um repórter de WFIE de que oito cachorros já haviam morrido neste verão. Será que em todas essas ocorrências as pessoas ligaram preocupadas e o controle animal não fez nada?

O repórter da WFIE pediu encarecidamente que as pessoas mantenham seus animais dentro de casa nos meses de verão, ou que pelo menos facilitem o acesso a algum lugar com sombra. Uma piscina de bebê cheia de água também ajuda a manter os animais seguros se eles precisarem ficar do lado de fora. Se um cachorro está em perigo, você pode ajudá-lo dando água fresca a ele ou passando álcool nas almofadinhas das patas.

Mas nesses dias de verão, os animais precisam também que os funcionários do controle animal não hesitem em agir.
Além da acusação de crueldade animal contra o tutor que deixou o cão do lado de fora, a negligência do Departamento de Controle Animal de Evansville também precisa ser investigada.

Assine a petição para que mais mortes em Evansville sejam evitadas com a elevação das temperaturas: http://www.change.org/petitions/demand-justice-for-golden-retriever-left-out-in-the-sun-to-die

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