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Motivo de número excessivo de mortes de tartarugas marinhas ainda é desconhecido

18 de julho de 2011
2 min. de leitura
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Lixo pode ser motivo de mortes de tartarugas marinhas nas praias de Maceió (Foto: Jessica Pacheco)

Com o número excessivo de encalhes recentes de tartarugas em praias alagoanas e a com a aproximação do período de reprodução da espécie, quando elas se aproximam da costa e ficam mais veneráveis, a preocupação e o trabalho de entidades que cuidam desses animais, como o Instituto Biota de Conservação, aumentam.

Na última semana, cinco casos foram registrados só nas praias de Maceió. De acordo com o presidente do Instituto Biota, Bruno Stefanis, não a motivo aparente para essas mortes. “Não sei, realmente não sei. Isso é comum em época de desova, mas assim, fora de época, não sei mesmo”, disse ele, bastante preocupado.

O Instituto Biota, em todos os casos, colheu o material biológico para descobrir a causa mortis e depois o enterrou na areia da praia, registrando o local com GPS, para um possível resgate da carcaça.

Instituto Biota

Tartaruga macho Oliva, pela primeira vez Biota registrou um encalhe dessa espécie (Foto: Instituto Biota)

Segundo especialistas, o que mais causa a morte de tartarugas marinhas são os lixos sólidos jogados no mar, em especial as sacolas plásticas, o animal o engole mais não consegue digeri-lo e morre asfixiado. Nesses cinco casos específicos, não foi possível constatar o motivo, pois, segundo Bruno, nada foi encontrado dentro das tartarugas. “Pode ser sim, mas nada foram encontrados dentro dessas, então não podemos afirmar que esse foi o motivo das mortes”, declarou. “Mas pode ser outros tipos de poluição, como água tóxica e isso a gente não pode identificar com analise externa”, explicou o biólogo.

No mês de outubro começa o período de reprodução da tartaruga marinha, com isso aumenta a preocupação com a espécie, já que elas se aproximam da costa e ficam vulneráveis aos impactos.

Encalhes

No dia 27 de junho, a bióloga voluntária do Instituto Biota de Conservação atendeu a um chamado de encalhe na Praia da Jatiúca, próximo a Posto 7.

Tratava-se de uma Chelonia Mydas, mas conhecida como tartaruga verde. Ela media 58 cm e se tratava de uma fêmea.

No dia 9 de julho, a equipe de voluntário do Biota atendeu a quatro ocorrências. Em um dos casos, na Ponta Verde, tartaruga marinha era da espécie nunca encontrada por Biota, um macho da espécie Lepidochelys olivacea, com cerca de 90 cm de comprimento.

No dia 14 de julho, mais uma tartaruga verde foi encontrada mortas nas areias da Praia da Pajuçara.

 Fonte: Primeira Edição

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