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ONGs brasileiras apoiam ativistas acusados e criminalizados por defender os animais

10 de julho de 2011
3 min. de leitura
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(da Redação)

Na manhã de 22 de junho de 2011, as forças de ordem e segurança do Estado espanhol entraram nas casas de defensores de animais nas regiões de Madrid, Astúrias, Euskadi e Galícia. Doze ativistas que colaboram ou colaboraram nas organizações em defesa dos animais Fundação Equanimal e a Associação Igualdade Animal foram presos. Depois de vários dias nas masmorras da Guarda Civil, e seguindo as declarações ante ao juiz, três deles permanecem em prisão preventiva enquanto o resto está em liberdade condicional com encargos.

Embora as ações feitas por esses grupos sempre tenham sido pacíficas, agentes da Guarda Civil fizeram uma caracterização própria de uma operação antiterrorista, interditando as ruas ao redor das casas dos ativistas, entrando fortemente armados e usando balaclavas nas residências particulares de alguns deles, e até mesmo entrando nas casas das mães de dois dos ativistas. Tudo isso para fazer um registro que apreendeu dezenas de computadores, discos rígidos, câmeras e diversos materiais que os ativistas usam para seu trabalho diário.

Após o registro, foram presos e levados em furgões policiais a Santiago de Compostela, Pontevedra e à Coruña, onde passaram três dias incomunicáveis nas masmorras dessas cidades e em greve de fome em protesto pelas prisões.

Os ativistas são acusados ​de vários delitos, incluindo os relacionados com as libertações massivas de visons. Ações com as quais os acusados e acusadas não possuem nenhuma relação.

Eles também são acusados ​de associação ilícita, apesar da Igualdade Animal e Equanimal serem duas organizações legalmente constituídas, cujo trabalho é baseado em divulgar para a sociedade a terrível situação que padecem os animais em diversos âmbitos, sempre mostrando quem são e por que o fazem. Ações que inclusive têm convidado jornalistas que lhes têm acompanhado, e que posteriormente têm obtido uma ampla repercussão nos meios de comunicação, tanto nacional como internacionalmente. Apesar disso, o juiz considerou que três dos ativistas deveriam ser colocados em prisão preventiva, enquanto os nove restantes foram colocados em liberdade com acusações à espera de julgamento.

Os meios de comunicação, por sua vez, de forma quase generalizada, e apesar de não terem qualquer prova, violaram os direitos dos acusados e acusadas ignorando a presunção de inocência, rotulando-os de “eco-terroristas” e violentos e até mesmo afirmando que essas organizações ensinavam a fabricar explosivos a partir de seus sites. Algo absolutamente falso e ultrajante.

Essas prisões são uma mostra clara do processo de repressão e criminalização sob o qual se encontra o Movimento de Direitos Animais. Um processo que afeta a todas e todos por igual, já que é uma mostra do que pode acontecer quando o trabalho de qualquer pessoa ou organização prejudica os interesses de negócios fortes e influentes, como sucede no caso da indústria de peles.

Por tudo o que foi exposto, pedimos que os três ativistas em prisão preventiva sejam postos em imediata liberdade, assim como o fim desse processo injusto pelo qual se procura reprimir o Movimento de Direitos Animais.

As organizações ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais (www.anda.jor.br),  Olhar Animal (www.olharanimal.net), e VEDDAS – Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade – (www.veddas.org.br) comunicam seu apoio aos ativistas injustamente detidos e criminalizados por defender os animais.

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