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Noruega tenta justificar caça às baleias como uma prática “sustentável”

9 de julho de 2011
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana  (da Redação)

Foto: ©WDCS/Regina Asmutis-Silvia

Karsten Klepsvik, diplomata norueguês e ex-representante do país na Comissão Internacional de Caça às Baleias (IWC), disse ao jornal Aftenposten no início da semana que ele e outras pessoas do Ministério das Relações Exteriores da Noruega têm visto uma sensível redução no número de protestos contra a caça às baleias. Ele alega que a suposta redução das manifestações e ameaças de boicote é um “reconhecimento de que a caça feita na Noruega é cientificamente defensável”.

“Eu respeitosamente discordo que os protestos contra a caça às baleias tenham diminuído”, disse à Views and News Kate O’Connell, representante da Sociedade de Proteção a Baleias e Golfinhos dos EUA e ativista contrária à prática.

O’Connell disse que, na verdade, houve um aumento nas atividades anticaça tanto por parte dos noruegueses quanto de organizações não-governamentais (ONGs). Ela apontou, entre outros grupos, a NOAH, uma organização de direitos animais local que fez uma pesquisa de opinião pública e revelou a preocupação crescente, também na Noruega, em relação à caça de baleias feita no país.

Ela comentou ainda que, na verdade, a oposição à caça de baleias nunca esteve tão firme. Os protestos que tomaram as ruas na década de 1990 evoluíram para campanhas mais sofisticadas cujo alvo são os interesses dos baleeiros. Alguns varejistas e atacadistas de alimentos do Reino Unido, por exemplo, já estão recusando comprar produtos de empresas que tenham relação com a caça de baleias.

Uma petição contra a prática, organizada Sociedade Internacional de Proteção aos Animais (WSPA) reuniu mais de 100 mil assinaturas no último ano. As pessoas pedem pelo fim da crueldade provocada pela caça de baleias.
Por causa do tamanho do animal, a WSPA argumenta que a morte é demorada.

A Noruega é um dos três países do mundo, junto com Japão e Islândia, que continua a matar baleias. Em todo caso, durante a 63ª reunião anual da Comissão Internacional de Caça às Baleias, na próxima semana, O’Connell confirmou que estará lá, defendendo sua luta a favor das baleias.

As informações são do jornal Views and News from Norway.

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