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Pinguins manchados de óleo são resgatados em praias do RS

22 de junho de 2011
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Ao menos 67 pinguins da espécie de Magalhães foram resgatados por biólogos entre sexta-feira e terça-feira (21) em praias do Rio Grande do Sul. A maior parte dos animais, 48 exemplares, foram levados para tratamento em Imbé, no litoral norte gaúcho, a 120 quilômetros de Porto Alegre.

Segundo informações do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (CERAM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os 48 animais estavam sujos de óleo e precisaram ser levados rapidamente para tratamento já que perderam sua impermeabilidade, responsável por proteger a ave do frio e manter a temperatura do corpo estável.

“Nesta época do ano é comum o pinguim de Magalhães aparecer nas praias brasileiras, principalmente nas do Rio Grande do Sul. Entretanto, a quantidade de animais sujos de óleo é a maior registrada nos últimos três anos”, afirmou o biólogo Maurício Tavares, coordenador do Ceram.

De acordo com com Tavares, barcos da Polícia Ambiental auxiliam na busca pelos animais, que ficam enfraquecidos e desidratados devido à sujeira de óleo. “A suspeita é que alguma embarcação tenha liberado o combustível clandestinamente no oceano, nas proximidades do estado. Ainda não sabemos quem pode ter feito isso”, afirmou.

Pinguins de Magalhães são aquecidos após receberem tratamento para limpar manchas de óleo no corpo. Foto: Pedro Ivo Campani/CERAM

Reabilitação

Existe a expectativa de que mais aves apareçam no litoral gaúcho. Durante o inverno, muitos pinguins se direcionam à Argentina, mas se perdem devido às correntes marítimas. Entretanto, o espaço para reabilitação das aves perdidas está superlotado no centro de reabilitação de Imbé devido às aves atingidas por óleo.

Estudantes e especialistas se revezam em turnos para alimentar e cuidar das aves debilitadas. “Temos que deixar os pinguins aquecidos e esperar por um ganho de peso deles para que a impermeabilização de sua pele volte ao normal. Isso demora. Vamos ter que agilizar o processo devido à grande quantidade. A nossa previsão é que em um mês, grande parte desses 48 pinguins já tenham se recuperado”, disse o biólogo.

Fonte: G1

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