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Partido português que defende os direitos animais prega a ética e a não violência

6 de maio de 2011
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A promoção do bem-estar animal e do vegetarianismo é um dos objetivos do PAN (Foto: Reprodução/Jornal das Caldas)

Antônio Caldeira é o cabeça de lista pelo distrito de Leiria, em Portugal, do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) nas próximas eleições legislativas.

O PAN assume-se como “um partido político que visa transformar a mentalidade e a sociedade portuguesa e contribuir para a transformação do mundo de acordo com os fundamentais valores éticos e ecológicos”.

Embora não se limite a esta questão, o PAN considera ser “central e urgente, por motivos éticos e para o bem da própria humanidade, uma mutação profunda da sua relação com a natureza, o meio ambiente e os animais, privilegiando-se a harmonia ecológica, um novo modelo econômico e a diminuição progressiva da exploração, dor, medo e stress a que os animais são hoje sujeitos pelo ser humano, visando-se a sua total abolição”.

Foram criados grupos de trabalho para as áreas da Cultura, Ecologia, Economia, Educação e Justiça Social.

A extinção da seção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura é uma das medidas defendidas, pois o PAN considera que “a tauromaquia não é uma tradição nacional e consiste numa prática que contradiz os princípios elementares de uma cultura ética e não-violenta”.

A criação de um departamento no Ministério da Cultura, em estreita colaboração com o Ministério da Educação, destinado a promover, sobretudo nas camadas mais jovens e nos vários níveis de escolaridade, uma consciência ética e solidária igualmente abrangente de humanos, animais e natureza, é outra das medidas reivindicadas.

No capítulo da Economia, o PAN defende a “obrigatoriedade progressiva das autarquias e organismos públicos descentralizados realizarem os seus aprovisionamentos junto de empresas e produtores locais, privilegiando produtos ambientalmente sustentáveis e produzidos sob princípios de ética reconhecidos”.

A obrigatoriedade de todos os transportes coletivos, bem como as viaturas do Estado, serem eco-eficientes, a promoção do vegetarianismo e da redução do consumo de carne e peixe nos estabelecimentos hoteleiros e de restauração e bebidas, a proibição de toda a publicidade durante os programas televisivos destinados às crianças, a extinção dos Governos Civis e transferência das suas funções para órgãos existentes, a diminuição substancial dos concelhos e das freguesias, limitar as remunerações de gestores públicos ao vencimento máximo de Ministro, o fim das entidades públicas e empresariais do Estado e a sua reintegração na Administração Central do Estado, a proibição da utilização de animais em qualquer tipo de entretenimento que lhes provoque sofrimento ou stress, incluindo o alojamento e transporte, ou implique o desempenho de atividades que não se enquadrem no seu comportamento natural, incluindo, mas não limitado, em circos, touradas e rodeos, e criação de um departamento policial análogo ao SEPNA (serviço de proteção da natureza e ambiente ligado à GNR) especificamente dedicado a zelar pelo bem-estar animal e a fiscalizar quaisquer suspeitas ou denúncias de eventuais crimes e ofensas contra animais, são algumas das propostas constantes no programa eleitoral do PAN.

Entre os apoiantes do PAN conta-se o movimento Caldas da Rainha Pela Ética Animal.

Fonte: Jornal das Caldas

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