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Projeto Mucky: amor e dedicação aos primatas

5 de maio de 2011
5 min. de leitura
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Imagine um local lotado de saguis e outras raças de primatas. Cada um com uma história de vida difícil, passando por maus-tratos, abandono, tráfico e outras situações que nenhum ser humano desejaria passar. Infelizmente, há muitos homens, ainda, tratando assim nossos irmãos mais próximos.

O Projeto Mucky existe há 25 anos com o objetivo de reabilitar os primatas brasileiros que sofrem de maus-tratos em função do tráfico de animais. É o principal programa voltado para saguis no Brasil. E está localizado bem aqui, em Itu. Quem sabe disso? “Itu não conhece o que tem!”, alerta Eduardo Timponi, que há 17 anos atua no projeto, primeiro como voluntário e nos últimos dois anos integrando a equipe de profissionais.

O Projeto Mucky existe há 25 anos com o objetivo de reabilitar os primatas. Deborah Dubner/ itu.com.br brasileiros que sofrem maus tratos pelo tráfico de animais.

Origem

O projeto nasceu de forma casual. Lívia Botar, idealizadora e coordenadora do Mucky, atuava na época como publicitária, mas apaixonada por futebol foi estudar educação física. “Nem sempre acontece o que imaginamos. Deslumbramos um objetivo e nem percebemos que ele pode ser o preâmbulo para outro. Nesse caminho em curva, conheci um pequeno macaquinho. Era o ano de 1985. Sagui macho, tufo-preto, desnutrido, rabo pelado, corda amarrada à cintura e entranhada em sua musculatura. Seu carinhoso tutor cansou, não o queria mais. Para salvá-lo foram necessárias várias cirurgias e cuidados intensivos. Seu nome era Mucky, o precursor do Projeto Conservacionista Mucky”, conta.

Os primeiros 11 anos abrigaram os saguis em São Paulo. Depois, eles foram para Jundiaí, onde ficaram por nove anos. Nos últimos cinco anos, graças a uma madrinha que comprou o sítio e doou o terreno para ser sede do projeto, os saguis ganharam uma casa mais ampla, rodeado de muito verde, em Itu.

Atualmente, Lívia é ambientalista. Mucky entrou em sua vida com tudo, fazendo com que ela pesquisasse, mantivesse intercâmbio com especialistas e desenvolvesse uma metodologia muito peculiar, resgatando e salvando, ao longo desses 25 anos, muitos outros “Muckys”.

Visitas

O espaço Mucky está voltado principalmente para a qualidade de vida dos primatas. Portanto, ele não está aberto ao público. Mas é possível conhecer, com agendamento prévio, dentro de um contexto de aprendizagem e educação ambiental.

Há muitas escolas que vêm de outras cidades com seus alunos, para conhecer esse grave problema que é o tráfico de animais. Para visitá-los, é importante estar preparado. Você vai se deparar com histórias tristes, quase inacreditáveis, de pessoas que deixam a ganância falar tão alto que ensurdece o amor e respeito pela vida – seja ela qual for.

A visita é sempre guiada, e com todos os cuidados necessários, inclusive uso de máscara como forma de prevenção. “Uma pequena gripe nossa pode virar uma pneumonia para eles”, aponta Vanessa da Silva Souza, tratadora dos saguis que atua no projeto desde 2001.

Missão

“O que poderia ser o fim de uma vida em outros locais, aqui se torna o início de um novo desafio para recuperar a alegria de viver. Esta é a razão do nosso trabalho, a grande emoção.” (Lívia Botar)

A frase acima pode ser confirmada por quem visita o espaço Mucky na companhia de Lívia. Ela e toda a equipe conhecem cada primata pelo nome, acompanhando detalhadamente sua história de vida, saúde, evoluções, dificuldades e desafios. Se não fosse uma missão, ela jamais teria chegado onde chegou, apesar de tantas dificuldades que se interpõem pelo caminho.

Poucas pessoas, infelizmente, estão atentas e abertas ao problema do tráfico de animais. Menos ainda pensam em colaborar com doações de todo tipo. Mas isso é necessário! Portanto, se você (ou sua empresa) pode e quer colaborar com um projeto sério e humanitário, conheça a fundo o Projeto Mucky e veja o quanto sua ajuda pode fazer a diferença!

Como participar

Você pode colaborar de várias formas. O programa contempla opções para pessoas jurídicas e físicas, buscando sempre desestimular a posse desses animais em ambiente doméstico.

– Seja padrinho de um sagui – como padrinho de saguis que permanecem no Projeto Mucky, você receberá informações periódicas sobre o animal adotado, sobre o trabalho desenvolvido, podendo agendar visitas ao local.

– Educação ambiental – escolas, profissionais da área de biologia, veterinária, psicologia e outros podem conhecer o projeto mediante pagamento de taxas.

– Cursos – você pode encomendar cursos sobre o tema nas próprias instalações ou escolas e universidades.

– Produtos – compre lindos produtos como camisetas, adesivos, bonés, blocos e outros confeccionados em papel reciclado.

– Doações corporativas – empresas podem doar alimentação, medicamentos, móveis, máquinas, telas para os viveiros, cestas básicas para funcionários,uniformes  e outros serviços. Ou podem também colaborar com recursos financeiros para manter em dia os custos que um projeto desse porte demanda.

– Responsabilidade sócioambiental – empresas podem contratar profissionais do projeto para debates sobre a preservação do meio ambiente, defesa da natureza e animais silvestres, especificamente os saguis. Ou podem patrocinar um posto de trabalho, colaborando através de um programa corporativo sócioambiental.

Redes Sociais e contato

Para mais informações sobre o Projeto Mucky, agendamentos e colaborações, entre em contato com os responsáveis pelo email [email protected] ou pelo telefone (11) 4023-0143. Os saguis agradecem!

Twitter: www.twitter.com/projetomucky

Flickr: www.flickr.com/photos/projetomucky

Facebook: www.facebook.com/projeto.mucky

YouTube: http://www.youtube.com/user/MuckyProjeto

Leia mais: www.projetomucky.com.br

Fonte: Itu.com.br

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