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Ursa que vivia em cativeiro se adapta bem ao habitat natural

9 de abril de 2011
2 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)
Foto: EFE

Villaria, ursa de três anos de idade, foi solta na natureza na cordilheira cantábrica, na Espanha, em novembro do ano passado. A experiência pioneira é considerada um êxito pelo especialistas e pesquisadores envolvidos no caso. “Será um precedente em casos similares no mundo”, diz o presiente da Fundação Urso Pardo, Guillermo Palomero.

Depois de cinco meses na floresta, a conduta de Villaria, que esteve em cativeiro depois de um acidente, é como qualquer outro urso que sempre esteve em liberdade.

“Ela se alimenta de ervas, trepas nas árvores e dorme suas sestas”, garante Palomero. “Além disso, teve um bom inverno e agora está bem gordinha, é uma ursa linda”.

Segundo Palomero, uma das chaves para sua adaptação foi liberta-la no Parque Natural de Somiedo, uma paisagem conhecida e familiar para a ursa, que passou ali seus seis primeiros meses de vida.

A proposta de libertar a ursa sempre foi vista pela Fundação como uma aposta “muito arriscada”, pois os ursos que têm contato com humanos associam às pessoas experiências positivas e, portanto, “era muito provável que fosse às comunidades próximas em busca de comida”, explica Palomero.

Uma comissão formada por pesquisadores e veterinários, decidiu que a melhor opção era tentar reintroduzir a ursa em seu meio natural apesar de tudo, “não podíamos perder uma fêmea cantábrica e por isso decidimos solta-la”, diz Palomero.

Para coloca-la em liberdade de forma segura, o processo de adaptação incluiu mantê-la por 5 meses em um centro onde o contato com humanos foi mínimo. Dessa forma, sua adaptação em habitat natural se deu de forma mais fácil.

Para evitar qualquer problema e conhecer a evolução da ursa na floresta, foi implantado um sistema de monitoramento permanente. Assim, guardas do parque, a Fundação e colaboradores junto a radiotransmissores colado ao pelo do animal, permitem seguir seus passos.

Atualmente, existem mais de 190 indivíduos de ursos pardos em liberdade na cardilheira cantábrica, segundo dados da Fundação Urso Pardo. Em 2010, foi alcançada a maior cifra de ursas com filhotes nos últimos vinte anos.

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