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ONG investiga abrigo maus-tratos em abrigo para cavalos no RS

6 de abril de 2011
2 min. de leitura
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Naor Nemmen

Decorrido mais de um ano do encaminhamento de denúncias comprovadas de maus-tratos a cavalos no abrigo de equídeos terceirizado pela EPTC, nenhuma medida de apuração eficaz  foi tomada e, mais grave: os animais vistoriados pela Prefeitura e Ministério Público foram aqueles “escolhidos” pelo dono do abrigo – ou seja, o acusado.

Ninguém – a não ser o acusado – é capaz de identificar os 90 animais lá “abrigados”. Ou seja, a raposa está prestando informações sobre como está o galinheiro.

Fatos: situações comprovadas de maus-tratos em 2008 e 2009, magreza  “incompatível com a vida”; lesões severas nos tendões, joelhos e cascos; subnutrição grave; filhote afastado precocemente da mãe e levado a leilão; animais recolhidos por maus-tratos devolvidos aos seus algozes sem autorização judicial; animais debilitados leiloados em novembro de 2009; animais eutanasiados que retornam à planilha dos “vivos”, com cobrança de diárias; chamadas para atendimento frustradas – ao custo de R$ 20,00 cada – cobradas até 16 vezes, no mesmo dia e horário.

Há mais: laudos de animais eutanasiados que merecem investigação: animais com órgãos rompidos resistindo vivos por mais tempo do que aqueles que precisam basicamente apenas de comida.

Do lote de 28 animais resgatados de um leilão em 2008, a Chicote Nunca Mais salvou 25! Do lote de 20 animais a serem recolhidos pela Chicote, conforme acordo em março de 2009, só conseguiu-se acesso aos animais em agosto – 5 meses depois – apenas 15 foram entregues, com a alegação de que os outros cinco “estavam em tratamento ou tinham ido à óbito”.

Tratamento?!? Óbito?!? Como assim, se estavam relativamente bem em março de 2009, quando a Chicote realizou uma vistoria?!? Registre-se: estes animais estavam há mais de 90 dias no “abrigo”.

E mais: o Diretor-Presidente da EPTC, em audiência no Ministério Público do Meio Ambiente, definiu as graves denúncias como “simples enganos”!

O que temos de concreto atualmente é a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta – o que denuncia a ocorrência de danos – com toda a pompa e circunstância, no Paço Municipal. O real estado dos animais segue sendo uma incógnita !

A Chicote Nunca Mais recorrerá ao Judiciário, até a última instância, para ter acesso à totalidade do plantel do abrigo da EPTC, e reafirma sua confiança na Justiça do Rio Grande do Sul, continuamente modelo para todo o Brasil !

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