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Urso polar Knut morre aos 4 anos no Zoológico de Berlim

19 de março de 2011
3 min. de leitura
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(da Redação)

Knut, o famoso urso polar do zoológico de Berlim, morreu na tarde deste sábado em seu cativeiro diante de  cerca de 600 visitantes.

Urso Knut morre aos 4 anos Foto: AP

O urso polar Knut, que tornou-se famoso ao ser cuidado por criadores após ser abandonado pela mãe logo depois de nascer, morreu hoje no Zoológico de Berlim, informaram agência internacionais . Ele tinha quatro anos. Um urso polar vive, em média, até os 18 anos de idade. Segundo o tratador Heiner Kloes, a causa da morte só será determinada depois de uma necropsia a ser feita na segunda-feira.

“Era um dia totalmente normal. Ele esteve com as fêmeas, que acabavam de ser afastadas. Em seguida, Knut andou em torno do cercado, entrou na água, teve um espasmo rápido e morreu”, disse Kloes. Segundo a agência de notícias alemã DADP, mais de 600 pessoas estavam em torno da área onde Knut vivia e o viram morrer.

A italiana Camilla Verde, 30, residente em Berlim, disse que viu Knut imóvel na água, com apenas suas costas aparecendo, até que os tratadores isolaram a área. Segundo ela, “todo mundo estava perguntando o que estava acontecendo e por que Knut não estava se movendo. Os tratadores que cercaram a área estavam muito tristes. ”Ele era nosso bebê”, disse um deles”.

Knut aos seis meses. Foto: Kacper Pempel/Reuters

À medida que a notícia da morte de Knut se espalhou por Berlim, mais fãs do urso polar apareceram no zoológico para lamentar.

Humanização
Knut tornou-se famoso ao ser rejeitado pela mãe depois de nascer em cativeiro, em 5 de dezembro de 2006. O público do Zoológico de Berlim mais do que duplicou depois de ele passar a ser exibido, aos 15 dias de idade.

Por ter sido criado por humanos, muitos especialistas defenderam uma eutanásia para o animal que perdeu o irmão gêmeo logo após o nascimento, como teria acontecido na natureza. Segundo eles, Kmut estaria se acostumando demais com a convivência com os seres humanos.

Knut ganha "bolo" ao completar um ano. Foto:AP

O principal argumento das associações de defesa dos animais era que Knut ficaria próximo demais dos seres humanos e dessa forma não conseguiria se desapegar de seus tratadores e não se entrosaria com outros ursos.

De fato, Knut apresentou dificuldade de interagir com suas companheiras de jaula. As ursas de nome Tosca, Nancy e Katyuscha, com as quais ele deveria começar a procriar neste ano, o rejeitaram – elas o mordiam e ele ficava no canto da jaula, tentando fugir.

Foto: AP

Nota da Redação: Knut, em seu pouco tempo de vida, não viveu de acordo com a sua natureza. Nunca soube o que era ser um urso polar, nunca sentiu o que era ter uma interação natural com animais da sua espécie, nunca conheceu animais de outras espécies, a não ser os animais humanos. Ele sofria. Knut nasceu condenado, escravo da morbidez humana de querer aprisionar a natureza selvagem.  Confinado num ambiente artificial rendeu milhões de euros para seus exploradores que usaram sua imagem em produtos para turistas, bonecos, pôsters, cartões postais, fotografias e todo tipo de mercadoria, além de ter sido tema de filme.  Sentimos profundamente pela triste vida e triste morte de Knut.

Foto: AFP

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