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Por que o cão está sempre de língua de fora?

13 de março de 2011
4 min. de leitura
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Giovana Fusaro, 7 anos, de São Bernardo, 'e tutora de um cachorrinho muito brincalhão de apenas três meses. (Foto: Reprodução/Diário do Grande ABC)

A língua do cão serve para muitas coisas. Com ela, é possível sentir o sabor dos alimentos e ajudar na mastigação, conhecer o ambiente, se expressar. Quando lambe o tutor, ele demonstra afeto, carinho e respeito. Entretanto, pode ser que esteja pedindo um pouco mais de atenção. Mas não é só isso.

Uma das utilidades importantes é regular a temperatura do corpo. Você nunca viu um cão suar né? Ele não transpira como a gente (pela pele); por isso, fica com a língua de fora, para respirar e soltar o ar quente. Quando faz isso não significa apenas que esteja cansado, mas que precisa resfriar o corpo.

Assim como muitos animais, o cão costuma lamber os machucados porque a saliva pode ajudar a limpar a ferida. Entretanto, se passar a língua muitas vezes na mesma região, pode machucar ainda mais.

Comportamento

Os cães dão muitos sinais do que estão sentindo. Para entendê-los basta prestar atenção em seu comportamento. Quando estão agachados com as patas para frente e o bumbum levantado, por exemplo, indica que estão chamando para brincar. Se a orelha está em pé, é porque estão prestando atenção em alguma coisa ou estão confiantes. O rabo abanando significa alegria; esticado, é sinal de alerta; para baixo das pernas indica medo ou submissão.

Giovana Fusaro, 7 anos, de São Bernardo, é tutora de um cachorrinho muito brincalhão de apenas três meses. “Ele parece uma bolinha de gude de tão pequeno”, diz Giovana, que adora brincar com o cãozinho. “Ele sempre lambe atrás da minha orelha e vive com a língua de fora.”

Focinho gelado é sinal de saúde

O focinho do cão é gelado e molhadinho, mesmo em dias quentes. Isso é resultado do fato de não suar como nós e transpirar pela boca e nariz. É preciso estar atento. Se o focinho estiver seco ou quente é sinal de que ele está doente; pode ser febre e indicar gripe ou infecção. Então, é necessário levá-lo ao veterinário.

O olfato – 30 vezes melhor que o do humano – é o principal sentido do cão. Pelo cheiro, consegue identificar o dono, os membros da famílias e se algum outro bicho passou por ali. O mesmo ocorre quando vai fazer xixi; consegue descobrir se o cão que passou por lá é macho, fêmea, saudável, se está no cio. Por farejar muito bem, é o animal escolhido para trabalhar como rastreador, localizando pessoas perdidas, vítimas de soterramento, drogas e explosivos pelo cheiro.

Bigode ajuda o animal a se orientar

O bigode é importante para o cão. Ajuda na hora de farejar e tem a mesma função que o tato para os humanos. Por isso, não é saudável cortar o bigode do animal. Ele pode perder um pouco da sensibilidade necessária para caçar e até se machucar. É que o ajuda, por exemplo, a saber se colocar a cabeça em um buraco, poderá retirá-la de lá depois.

A visão também é especial e bem diferente da dos humanos. Antes acreditava-se que esse animal enxergava só em vários tons de preto e branco, mas hoje sabe-se que vê algumas cores, mas não como nós. Se for brincar no gramado, irá localizar melhor a bolinha azul do que a vermelha, já que não consegue distinguir o vermelho do verde da grama. Para ele, verde, amarelo, laranja e vermelho não têm diferença.

Gato lambedor

O gato tem muitas características parecidas com as do cão. Também transpira pela língua e vive se lambendo. A língua desse felino tem milhares de pontinhos ásperos que a deixam como uma lixa. Serve para lamber as presas e retirar penas ou pelos. E é fundamental para sua higiene; por isso, dizem que gato não precisa de banho, está sempre se limpando com a língua. Passa cerca de 10% do tempo fazendo isso, percorre todo o corpo, da cabeça à cauda. Lamber é algo tão natural, que se ele parar de fazer, pode ser que esteja doente.

O cachorro ouve muito bem, melhor que os humanos e a uma distância quatro vezes maior. Consegue identificar rapidamente de onde vem o barulho e sabe diferenciar sons parecidos, como o de um pedaço de carne ou de legume caindo no chão. Por ter audição tão sensível, fica irritado com barulhos fortes, como trovões, fogos de artifício e alarmes.

Fonte: Diário do Grande ABC

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