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Cães correm "para a morte" em disputa de trenós no Alasca

10 de março de 2011
2 min. de leitura
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Treinador coloca coleira de volta no cão Daffy durante a edição 2011 da corrida de cães Iditarod Trail Sled Dog Race, no Alasca. (Foto: AP)

A 28ª edição da famosa corrida de 1.850 km na neve e no gelo Sled Dog Race Iditarod de trenós puxados por cães no Alasca chegou nesta quarta-feira ao quarto dia.

A corrida é muito criticada por organizações de proteção aos animais como o PETA, que apontam o tratamento desumano dado aos cães na competição, em que muitos deles não chegam vivos até o final.

As temperaturas na maratona são conhecidas por chegar até a -50°C – frio que pode congelar os cães até a morte. Os mushers (condutores de trenó puxado por cães) contam que chegam a sentir a formação de gelo sob a pele e que os animais morrem de frio sem que haja nada que possa ser feito por eles.

A corrida enfrenta forte polêmica depois que 100 cães puxadores de trenós foram assassinados no Canadá, apesar de a organização da Iditarod afirmar que nenhum cão morreu na edição 2010 do evento.

O PETA diz em seu site que “os condutores rotineiramente abandonam, atiram, batem ou afogam seus cães quando eles adoecem, não correm rápido suficiente ou são simplesmente indesejados.”

As equipes geralmente começam a corrida com 16 cães e devem terminá-la com pelo menos seis. Os condutores deixam os cães que não têm condições de continuar o percurso nos postos de controle, onde eles são atendidos e levados de volta à Anchorage se estiverem doentes, feridos ou não apresentarem um bom desempenho.

O condutor Martin Buser tem o melhor tempo até o momento e está liderando a corida, que possui um percurso de 1.850 km. Ele foi o primeiro a chegar no posto de controle Takotna na última terça-feira, seguido de perto por Lance Mackey, quatro vezes campeão, Sebastian Schnuelle e Hugh Neff.

Buser estabeleceu o recorde da Iditarod em 2002, quando completou o percurso em oito dias, 22 horas e 46 minutos. Na primeira corrida, em 1973, o recorde de velocidade foi de 20 dias e 49 minutos, sinal de que os cães estão sendo forçados a correr cada vez mais.

A próxima etapa do percurso acontece em uma área remota, com postos de controle na cidade fantasma de Ophir, a 528 km da linha de partida, e na cidade mineira abandonada de Iditarod, a 650 km de Willow.

Três das 62 equipes iniciais já abandonaram a corrida. O porta-voz Chas St. George disse que a pista deste ano é dura, porém veloz e que a corrida promete ser rápida. O prêmio para o vencedor é de mais de US$ 500 mil e um caminhão Dodge.

Fonte: Terra

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