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Ministro Aloizio Mercadante defende uso de animais em laboratório

26 de fevereiro de 2011
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O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, abriu quarta-feira (23), em Brasília, a 11ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea). Ele defendeu o cruel uso de animais no desenvolvimento de novos fármacos e procedimentos para o “avanço” da pesquisa e da ciência.

De acordo com Mercadante, o Concea é um avanço no ponto de vista da ciência e da cidadania por expressar o desejo da população que espera procedimentos cuidadosos em relação ao uso de animais, principalmente para pesquisas da área da medicina.

O Concea é a instância colegiada multidisciplinar de caráter normativo, consultivo, deliberativo e recursal, instalada em dezembro de 2009 para coordenar os procedimentos de uso de animais em ensino e pesquisa científica. Entre suas competências, está a formulação de normas relativas à utilização “humanitária” de animais, bem como estabelecer procedimentos para instalação e funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios de experimentação animal.

O Conselho é responsável também pelo credenciamento das instituições que desenvolvam atividades nesta área, além de administrar o cadastro de protocolos experimentais ou pedagógicos aplicáveis aos procedimentos de ensino e projetos de pesquisa científica realizada ou em andamento no País.

Além do coordenador do Concea, Renato Cordeiro, participaram das discussões representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Sociedade Protetoras dos Animais e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Meio Ambiente (MMA), da Saúde (MS) e da Educação (MEC).

Com informações do IPVES

Nota da Redação: Enquanto cientista de vários países adotam cada dia mais alternativas éticas nas pesquisas, o Brasil mais uma vez dá um passo para trás. Defender uma prática cruel, retrógrada, desprovida de ética e falaciosa, envergonha nossa sociedade. Submeter animais ao sofrimento, interferindo em seus direitos fundamentais, não é digno de uma ciência que dispõe de recursos e avanços tecnológicos para utilizar alternativas seguras e eficazes  à experimentação animal.  Não existe argumento que justifique o uso de animais em pesquisas de laboratórios. É lamentável que o ministro Mercadante não considere as argumentações contrárias à experimentação. A ANDA se dispõe a expor o outro lado do uso de animais em pesquisas, que até hoje foi convenientemente coibido.

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