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Voluntários ajudam Ibama após apreensão recorde de aves em PE

23 de fevereiro de 2011
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Após uma apreensão recorde para o ano de 260 aves, dez voluntários se ofereceram para ajudar agentes ambientais na sede do Ibama no Recife, para onde os animais foram levados. Papagaios, jandaias e maracanãs apreendidos em Belo Jardim, no agreste de Pernambuco, seriam comercializados ilegalmente na região Sudeste do Brasil.

Na sede do Ibama, voluntários tiveram de improvisar para cuidar dos bichos. Seringa virou mamadeira em uma espécie de berçário para as aves filhotes. Mas os animais têm de ser alimentados pelo menos quatro vezes por dia. “Eles são chorões. A gente mal alimenta um grupo e o outro já está pedindo comida”, diz Willian Wanderley, um dos voluntários.

Os bichos têm entre 15 e 30 dias de vida. Alguns mal conseguem ficar de pé. Sem os cuidados da mãe, é preciso improvisar. Uma lâmpada ajuda a manter os animais aquecidos.

Apesar da dedicação de voluntários e técnicos, a sobrevivência dos animais ainda está ameaçada. “Eles têm que se adaptar ao alimento que oferecemos, que não é do ambiente natural, pois não conseguimos reproduzir”, diz o biólogo Yuri Valença.

O tráfico de animais silvestres está entre os crimes mais lucrativos e cruéis. A taxa de mortalidade é altíssima, segundo especialistas. De cada dez animais retirados da natureza pelos traficantes, apenas um consegue chegar ao consumidor final.

“A sociedade ainda vê com certa flexibilidade essa prática ilegal. Se não fosse assim, não haveria feiras de passarinho aonde os pais levam os filhos para comprar passarinhos. O meio científico já comprovou que de cada dez, apenas nove aves chegam ao consumidor final. Nove morrem de maneira horrível”, diz o agente ambiental Amaro Fernandes.

Fonte: G1

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