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Protetora pede ajuda para animais que ainda estão sendo resgatados no RJ

21 de fevereiro de 2011
6 min. de leitura
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Luiza Pinheiro
[email protected]

Teresópolis –

O tempo passou. Os resgates quase cessaram. Os animais que não foram resgatados das  zonas atingidas na região serrana do RJ, são trazidos por algum morador ou equipe de salvamento. Alguns chegam já sem partes do corpo, que foram devoradas pelas bicheiras. A magreza é a que se vê em evidência no campo de concentração.

Muitos foram contagiados por doenças, não resistiram, outros estão em estado cada vez mais grave. Em alguns bairros só ficaram poucos homens, sem rumo, olhar perdido, alguns chorando sem ação, outros entregues à bebida. A imundície é reinante. Os cães rasgaram todos os sacos de lixo procurando por alimento, por isso o lixo se espalhou pelas vielas, junto com excrementos.

Uma grande parte dos animais que consegue andar até a cidade chega mancando, por causa das longas jornadas na lama ou por terem ficado presos a escombros antes de conseguirem se soltar.

Duas coisas chamam a atenção de quem sempre resgata animais de rua: a maioria deles apresenta inflamação nos ouvidos, o que não é o comum, por isso supomos que muitos tenham tido que nadar para se salvar. Outro fato diferente é que, ao contrário do habitual de encontrarmos mais fêmeas do que machos, por serem mais facilmente abandonadas nas ruas pelo incômodo do cio e prenhez, agora são os machos que chegam em quantidade maior. Estamos arriscando o palpite de que as fêmeas se fixam mais aos locais, mesmo destruídos, e que os machos, mais andarilhos, se desloquem com mais facilidade.

Um dos bairros começará a ser evacuado por inteiro hoje. O que será dos animais que ainda andam por lá? Foi muito comovente saber da história de uma fêmea encontrada grudada na lama por mais de 13 dias, sob sol escaldante, com o filhotinho que sobreviveu ainda ao seu lado, sem poder mamar. Ambos apresentavam estado de desnutrição e desidratação de horrorizar e a mãe estava com uma bicheira gigantesca nas costas, sem poder se mover. Como sobreviveram é um mistério, devem ter se alimentado da lama.

Muitos sobreviventes relatam que se salvaram pelas reações exageradas de seus animais antes da catástrofe atingir as casas na madrugada. Com o barulho da chuva forte, apenas os animais ouviam, ou sentiam no chão, o barulho e os tremores deste mundo se acabando em água, pedras e lama. E não pararam de latir e de andar e de avisar a seus tutores, até que os que souberam dar atenção e traduzir estas tentativas de se comunicar levantaram de suas camas, olharam o mundo para fora de suas janelas e conseguiram escapar a tempo para locais mais seguros.

Quando se vai a essas áreas, até o ponto onde o carro chega, nem sempre os cães descritos pelos moradores como em estado quase terminal estão à vista. Eles podem estar perambulando à procura de qualquer coisa para comer, ou estão entocados com medo, ou se preparando para esperar a morte. Somente doando ração para esses locais (onde não existe mais qualquer forma de comércio, nem para comprar, nem para vender), esses cães poderão ser alimentados pelos tutores que ainda estão lá, ou atraídos e, com muita sorte, resgatados.

Estão todos apavorados e os resgates são trabalhosos.Chegaram milhares de doações, que foram encaminhadas à ONG (muitas também através de nós, protetores). Mas, agora, muitos protetores independentes, que continuam visitando as regiões assoladas, não conseguem acesso aos donativos – à ração, às vacinas e aos medicamentos que conseguimos com muito esforço nas campanhas – para que sejam levados também às áreas atingidas e deixados com os moradores que continuam lá, para que alimentem os animais de cada local.

Estamos fazendo novos apelos:
– por doações, de todas as formas, que serão sempre bem-vindas;
– às pessoas que tenham contato com distribuidores/fabricantes de ração, medicamentos, vacinas, antipulgas/carrapatos e vermífugos que se empenhem em conseguir estes produtos para os animais, que virão para nossas casas, para as clínicas veterinárias, ou mesmo os que ainda estejam com seus tutores;
– aos membros da Proteção Animal para que nos ajudem a organizar feiras de adoção, com todos os procedimentos de tutela responsável;
–  voluntários para transportar os que poderão ser encaminhados para as feirinhas;
– veterinários para uma campanha de castração;
– a quem ainda possa mobilizar recursos para doações, depois de tudo o que já se mobilizaram para doar: ração, ração para filhotes, ração de latinha, para os doentes, os que nunca comeram ração, ou os idosos, sem dentes, Capstar (medicamento usado para bicheiras), medicamentos de todo tipo – antibióticos, antiinflamatórios / outros, material para castração em massa, vermífugos de largo espectro (que eliminem giárdia), antipulgas/carrapatos, roupinhas para mais adiante no inverno que vai chegar (aqui faz 2º na madrugada),  jornal, papelão.

O que NÃO é mais necessário doar : coleiras, tigelas de comida / potinhos, colares elizabetanos

Conta para depósito

Bradesco
Ag : 2801 – 0
Cc : 5177 – 2
Luiza Pinheiro

Voluntários, para resgate ou veterinários, terão igualmente abrigo  para 8 pessoas ou mais, apesar do “serviço de quarto” ter sido rebaixado para 1/2 estrela atualmente, pois não dá tempo para preparo de refeições, mas conforto, cama e bons banhos acompanharão tudo o que a geladeira puder comportar.

O endereço para entrega de donativos é : Estrada Granja Floresta 199 casa 11. Parque Imbuí – Teresópolis. CEP 25966-100. Telefones : Celular – (direto, sem código de área para os do Rio) 8410 8606Fixo – ( 2 1 ) 2742 2650.

Como chegar :

Para chegar são “duas linhas retas cheias de curvas” :

Quando você passar pelo portão de entrada de Teresópolis vai obrigatoriamente entrar na avenida principal da cidade. Esta avenida vai mudar de nome e de cara algumas vezes, mas você seguirá nela até que acabe. Quando ela terminar, você terá chegado num ” T “, onde terá que escolher um lado para seguir (à sua direita vai haver um posto de gasolina), e você vai escolher o lado esquerdo, onde uma placa indica a direção “Petrópolis”.

Daí é a outra linha reta cheia de curvas. Siga em frente por um tempo até passar por um CIEP, logo depois haverá à sua direita um clube de golfe, daí você já estará bem perto daqui. Quando chegar na portaria do Teresópolis Golf Club à sua direita (haverá logo depois o Hotel Alpina à sua esquerda), você vai andar mais 800 a 1.000 metros na mesma estrada e então encontrará uma ruazinha de terra descendo à sua direita., e que já é o endereço final.  Se por acaso na estrada principal você encontrar um Posto da Polícia Rodoviária, é porque passou 100 metros da entrada do endereço final. Retorne, volte os 100 metros e, desta vez, a rua estará à sua esquerda.)Desça quase até o final dela (NÃO vire à esquerda no meio do caminho na Rua Aliança, ok? ) e vai encontrar o portão do condomínio, número 199. É só apertar 11, o número da casa.Qualquer dúvida no caminho é só telefonar.

Estarão à frente desta iniciativa, além de mim, Luiza Pinheiro, os seguintes protetores independentes :
– Marta Farias (protetora que, em sua própria casa, aumentou seu número de 58 cães para quase 80 nesta fase).
– Paulo Moraes Rocha (protetor atuante na cidade)
– Alexandre Cavalcante (nosso Multi Man, fabricante de canis desmontáveis, adestrador, taxidog, tosador).

Nossos agradecimentos a todos pela ajuda incessante que os animais vêm recebendo, vocês estão fazendo a diferença aqui para eles, Luiza e Protetores Independentes

Contato: Luiza Pinheiro (21) 8410 8606 – [email protected]
Orkut : ” Animais Para Adoção – RJ  ”  –
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=6141969277094038557
Facebook : Animais Adoção R J

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