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Campinas (SP) decide nesta segunda-feira destino de capivaras

21 de fevereiro de 2011
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A Prefeitura de Campinas deve definir nesta segunda-feira o destino das 20 capivaras confinadas no Lago do Café, que viraram motivo de polêmica depois que administração pública manifestou intenção de sacrificar os animais. Diante das reações contrárias de entidades de proteção dos animais, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) voltou atrás e pediu uma nova consulta ao Ibama, que é a favor da matança, para verificar se existe outra alternativa, com eficácia comprovada, para resolver o problema.

A delegada titular do setor de Defesa dos Animais, Rosana Mortari, abriu investigação na quinta-feira para apurar a denúncia feita pelo Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais sobre maus-tratos e a verificação da quantidade de capivaras no Lago, a fim de tentar evitar o sacrifício. Segundo a delegada, o objetivo é tentar inibir o abate.

Para a delegada, é possível que tenha alternativa ambiental correta.

“Não pode eliminar o animal por conta de ser hospedeiro do carrapato. Precisamos buscar uma solução visando a saúde pública, como, por exemplo, colocar os animais em um local adequado”, diz Rosana.

A polícia vai verificar se as capivaras estão recebendo os cuidados necessários para o confinamento, como abrigo, água, alimentação e castração, além de analisar a suspeita do sumiço de alguns animais.

De acordo com a delegada, serão feitos laudos do local e, se necessário, serão ouvidos os funcionários. O prazo da investigação é de 30 dias, mas pode ser estendido. A pena máxima, em caso de constatadas irregularidades, é de dois anos de prisão ou multa.

Ratificação

Técnicos da Secretaria de Saúde de Campinas se reuniram com representantes do meio ambiente e jurídico, na semana passada, com laudos e documentos de pesquisa feitos desde 2008, quando as capivaras foram confinadas, para discutir com o prefeito em exercício, Demétrio Vilagra, a recomendação do abate.

De acordo com a Secretaria de Sáude, o sacrifício dos animais é consenso entre os profissionais e o modo mais seguro de combater o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, que se hospeda nas capivaras.

O sacrifício foi autorizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em janeiro. A Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (Sucen) ajuda a prefeitura no monitoramento e acompanhamento da infestação do carrapato no local e também no manejo ambiental.

Entre 2006 e 2008, três funcionários da prefeitura que trabalhavam no Lago do Café morreram com febre maculosa. O local, uma das principais áreas de lazer de Campinas, foi interditado por causa da infestação do carrapato-estrela. Na cidade, desde 1999, já foram registrados 75 casos, com 22 mortes.

Fonte: EPTV

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