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Ativistas derrubam lei cruel que defendia a matança de animais “ferozes”

16 de fevereiro de 2011
2 min. de leitura
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Por Camila Arvoredo  (da Redação)

Foto: Reprodução/Change.org

No começo da sessão legislativa de Utah, nos EUA, a corte patrocinava uma emenda para corroborar leis estatais cruéis que permitiriam que pessoas matassem “humanamente” animais que elas julassem ser ferozes. Os métodos sancionados de morte incluíam tiro, armadilhas, decapitação e espancamento.

Ativistas dos direitos animais de todo o estado do Utah e dos EUA ficaram ultrajados com esta emenda cruel e que poderia abrir portas para atos de crueldade animal. A proposta absurda também inspirou um novo segmento relacionado ao relatório Colbert, onde Stephen Colbert perguntou: “Quem será a melhor pessoa, a não ser ela mesma sobre o fato dela querer espancar um gato selvagem até a morte?”

A ativista de Utah Kathryn van Roosendaal esteve trabalhando com animais por toda sua vida incluindo gatos selvagens e programas de inclusão no meio selvagem de animais em cativeiro da Califórnia e Utah. “Eu fiquei arrepiada quando o ‘Ato de Crueldade Animal’ foi aprovado depois de três anos de debate. Quando eu li sobre a emenda (HB210), literalmente senti chamas de fogo explodindo na minha cabeça, só de pensar que isso poderia passar. Eu sabia que eu deveria fazer algo para lutar contra isso”.

Ela não foi a única. Kathryn começou uma petição no site “Change.org”, a qual ganhou mais de 3.000 assinaturas. Ela também escreveu cartas para deputados e se comunicou com grupos de proteção aos animais, que estavam lutando contra o projeto.

A “Best Friends Animal Society” de Utah foi ao Capitólio do estado quando a emenda estava sendo debatida na última semana. O debate durou duas horas, mas no seu fim, os animais venceram.

Toda a linguagem que se referia a animais ferozes – e crenças pessoais sobre animais ferozes – foi removida da emenda. De fato, no momento em que o comitê estava trabalhando nisso, quase todo o vocabulário referente a isso foi removido. No final do dia, somente uma linha permaneceu, a qual permitia que as pessoas atirassem em animais em legítima defesa.

Sem surpreender, o deputado Oda – que escreveu a emenda – não ficou contente com o debate. O jornal “The Salt Lake Tribune” reportou que Oda argumentou que retirar o vocabulário significa que “qualquer um que atire legitimamente em um animal feroz pode ser sujeito a penas severas”.

Julie Castle da “Best Friends Animal Society” creditou a vitória ao esforço da associação que mandou uma quantidade descomunal de e-mails e telefonemas. Graças ao site “Change.org” e a seus membros, a diferença foi feita.

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