Por Tiago Claus (da Redação)

Todos deveríamos ser encorajados a deixar de comer carne da mesma maneira que fumantes são motivados a largar o tabaco. Esta é a opinião do Futuro da Comida e Agricultura (The Future of Food and Farming, em inglês), um relatório do governo britânico que contou com a participação de 400 pesquisadores ao redor do mundo.

Com a expectativa de que a população mundial passe dos atuais 6,8 bilhões para mais de 9 bilhões de pessoas em 2050, o relatório prevê que agricultores precisarão produzir 70% a mais de comida com a mesma quantidade de terra. Visto que atingir essa meta é extremamente difícil – se não impossível – as pessoas precisarão reduzir drasticamente seu consumo de carne, com vista a evitar escassez de comida. Isto porque criar animais para serem mortos para o consumo humano é absurdamente ineficiente: animais consomem grandes quantidades de comida para “produzir”, comparativamente, pequenas porções de carne. Mais de 70% dos grãos produzidos nos EUA são para alimentar animais explorados pela indústria da carne e do leite.

Os autores do relatório esperam que os esforços para promover dietas à base de plantas sofram as mesmas resistências que as iniciativas anti-tabagismo sofreram pela indústria do tabaco. Mas eles dizem que isso é um pequeno preço a ser pago para que sejam evitadas pobreza, fome, mudanças climáticas, destruição da vida selvagem e danos ao meio ambiente. Sem mencionar, claro, o sofrimento animal.

As informações são da PETA.