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Nova regra para antibióticos também deve ser seguida por tutores de animais

1 de fevereiro de 2011
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Veterinários precisam preencher guia dupla para remédio ser comprado.
Estudante tentou comprar antibiótico para cadela e saiu de mãos vazias.

A estudante Nayara Castanhola não conseguiu comprar antibiótico para a cachorra Pérolla porque a receita não estava de acordo com as novas regras da Anvisa (Foto: Arquivo pessoal)

A nova regra para compra e venda de antibióticos em farmácias do Brasil pegou alguns tutores de animais de estimação de surpresa. De acordo com resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde novembro de 2010 a venda de antibióticos só pode ser feita com uma receita dupla em que uma via é retida pela farmácia e a outra permanece com o cliente. A estudante Nayara Castanhola, de 22 anos, não sabia que a mudança valia também para a cadela Pérolla, uma vira-lata de 11 anos.

“Levei-a para o veterinário porque suspeitava de infecção na bexiga. Saí da consulta direto para a farmácia, mas não consegui comprar o antibiótico que a veterinária mandou porque a receita tinha só uma folha. O atendente me explicou que, mesmo para cachorro, precisava das duas vias”, relembra a jovem.

Nayara, então, teve de voltar ao hospital para pegar uma nova receita, como determina a Anvisa. “Eu achava que a nova regra era só para gente”, diz.

A veterinária Andreza Ávila explica que é comum animais domésticos tomarem remédios de humanos por falta de opção no mercado de medicamentos veterinários. É assim com antibióticos, antieméticos, antiácidos e analgésicos muito fortes.

“Se o remédio tiver que ser comprado em uma farmácia ‘comum’, a gente tem que seguir as mesmas regras, se tiver exigência da receita”, diz Andreza, que atende no Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.

Segundo Andreza, a nova regra da Anvisa não muda a forma como a receita é preenchida pelo veterinário. “A gente põe o nome do animal, espécie, raça, idade, sexo e nome do tutor, além das indicações de medicação. É importante ter o nome do animal para não criar confusão com as outras pessoas da casa”, esclarece a veterinária.
Apesar de animais de estimação serem medicados com remédios para humanos, Andreza alerta que o procedimento deve ter a orientação e indicação do veterinário. “É preciso levar em consideração o porte e o peso do animal. Não é qualquer remédio e não pode ser qualquer quantidade também.”

Fonte: G1

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