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Gibão de Hainan pode se tornar o primeiro primata a ser extinto

29 de janeiro de 2011
2 min. de leitura
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Foto: Bawangling NNR

Na ilha de Hainan, no Sul da China, serão levados a cabo intensos esforços para evitar a primeira extinção de um primata no registo histórico. O gibão de Hainan, Nomascus hainanus, é um potencial candidato ao título de primata mais ameaçado do mundo, com apenas 22 indivíduos a persistirem na Reserva Nacional de Natureza de Bawangling, 2 grupos sociais e 4 animais solitários.

A espécie sofreu um acentuado declínio no século passado. Com efeito, pensa-se que há 50 anos atrás existiam 2000 animais desta espécie. No entanto, a captura para obtenção de partes corporais para utilização na medicina chinesa e, nos anos 60, a substituição da floresta das chuvas de baixa altitude que lhes servia de habitat por cultivos de árvore da borracha, fizeram com que a espécie se retraísse para o interior da ilha.

Há 25 anos existiam menos de 10 animais, e em 1990 a população ocupava apenas uma língua de terra a 600-900 metros acima do nível do mar, altura em que as autoridades baniram a desflorestação e a caça, o que permitiu uma ligeira recuperação da população.

Em 2003 e por iniciativa do Departamento Florestal da reserva foi realizado um censo que revelou que resistiam apenas 2 famílias que ocupavam habitat de fraca qualidade. Com efeito, o reduzido número de árvores de fruto fazia com que estes animais tivessem a maior área vital entre as espécies de gibão.

Implementou-se então um plano de acção, que inclui a recolha e sementeira espécies de árvore de fruto mais apreciados pela espécie e a contratação, em 2005, de 2 pares de homens para seguir os movimentos de cada uma das duas famílias.

Atualmente, para além das duas famílias existem ainda 4 animais solitários e globalmente, há 3 fêmeas grávidas. A esperança é que a elevada fecundidade permita a recuperação da população. No entanto, não se sabe ao certo se as contrações populacionais do passado recente terão afetado a diversidade genética e, consequentemente, a capacidade da espécie de se adaptar a alterações do meio.

Fonte: Naturlink

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