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Salmões estão morrendo de estresse no Canadá

20 de janeiro de 2011
2 min. de leitura
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Pesquisadores rastrearam os peixes do oceano até a desova no rio. Os que morreram apresentaram um sinal genético em comum que pode representar uma infecção viral
Pesquisador implanta um rastreador no sistema gástrico do peixe

Muitos salmões selvagens do Oceano Pacífico estão morrendo no Canadá antes de conseguirem se reproduzir, principalmente durante a piracema – quando eles nadam contra a corrente do rio para chegar ao local de desova. Um grupo de pesquisadores canadenses (da Universidade da Columbia Britânica, de Vancouver, da Universidade Simon Fraser, de Burnaby, e da Universidade Carleton, de Ottawa) descobriu que muitos dos que morrem na subida do rio partilham um mesmo sinal genético que indica que eles estão sofrendo de estresse metabólico auto-imune.

E essa característica aparece no peixe antes mesmo de ele chegar ao rio para começar sua jornada. Apesar da pesquisa não revelar a causa desse estresse, os cientistas especulam que uma infecção viral possa ser o responsável. O estudo será publicado na edição do 14 de janeiro da revista Science.

Há muitas mortes prematuras de salmão-vermelho no rio Fraser, a caminho para a desova

Os pesquisadores, liderados por Kristina Miller, marcaram alguns salmões selvagens enquanto eles ainda estavam no oceano. A equipe subiu o rio Fraser, munida de rastreadores, fazendo o mesmo trajeto dos peixes. Ao longo do trajeto, os cientistas colheram material genético dos salmões para biópsia e monitoraram a migração dos animais. Então, compararam os genes dos peixes que sobreviveram à viagem com os dos que não migraram. Embora nenhum mecanismo fisiológico isolado pareceu ser o responsável por todas as mortes dos peixes no rio, uma análise estatística revelou um grupo de genes consistente que puderam ser marcados em maior ou menor quantidade em grande parte dos peixes que não sobreviveram.

Muitos desses genes estavam envolvidos com marcadores biológicos conhecidos por estarem associados à atividade viral. E, uma vez que o sinal genético está presente antes do peixe subir o rio, os cientistas acreditam que o vírus infecta os peixes ainda no mar e persiste até as áreas de desova.

Fonte: Época

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