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Agrotóxicos podem ter matado peixes no Sinos

14 de janeiro de 2011
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Para Prefeitura, substâncias têm relação com mortandade em dezembro. Região está mobilizada para ação ambiental.

Um mês e meio depois que, novamente, apareceram toneladas de peixes mortos no Rio dos Sinos, a Prefeitura de Novo Hamburgo (RS) recebeu ontem o laudo que confirmou a presença de substâncias químicas de origem agrícola nas amostras de água.

Os testes foram encomendados pela Secretaria de Meio Ambiente do Município (Semam) a um laboratório especializado em Porto Alegre (RS). Metais como magnésio, ferro e potássio, além de quatro tipos de pesticidas foram constatados: aletrina, simazina, clomazona e spirodiclofen, em altos níveis de concentração. De acordo com o biólogo da Prefeitura, Carlos Normann, esses elementos contêm manganês e são utilizados no controle de pragas em lavouras como, por exemplo, de arroz.

Defesa

Conforme o titular da Semam, Ubiratan Hack, foram investidos R$ 5 mil na análise. “O investimento foi necessário para comprovar que o problema não foi o esgoto, nem as indústrias. Ocorreu foi algo muito sério, que não pode ser simplificado dessa forma”, defendeu.

Entenda o caso

No dia 1º de dezembro de 2010, por volta das 6 horas, apareceram 3,5 toneladas de peixes mortos no Rio dos Sinos, no trecho entre Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo

O efluente formava uma mancha que percorria o Rio no sentido oeste, na mesma direção em que os peixes eram encontrados mortos.

Empresas de Sapiranga e Novo Hamburgo começaram a ser fiscalizadas pelo Ministério Público, que apontou transbordamento de chorume em um aterro sanitário de Sapiranga.

O Ministério Público chegou a informar que poderia responsabilizar as prefeituras pela morte dos peixes, devido à falta de tratamento de esgoto doméstico.

Na época, a Semam fez análise dos peixes encontrados mortos e constatou a presença de manganês, produto tóxico utilizado em plantações, e que teria contribuído com o desastre ambiental.

Fonte: DC

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