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Pescadores exibem com orgulho tubarão morto covardemente em Barra de Guaratiba (RJ)

3 de janeiro de 2011
2 min. de leitura
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Foto: Sérgio Ramoz, do Dia Online

Nas primeiras horas de 2011, pescadores de Barra de Guaratiba, no RJ,  capturaram um tubarão de aproximadamente 80 quilos e o mataram. Tratava-se de um tubarão da espécie Cabeça-Chata.

O primeiro tubarão morto por pescadores em Barra de Guaratiba foi numa “rede de espera” na década de 30, e segundo narra o livro do historiador Chiquinho Siqueira, pesava 1200 kg aproximadamente. O segundo foi capturado em maio de 1982 na Praia do Canto a 100 metros de distância e em circunstâncias idênticas às do primeiro, na rede de Ramiro Manoel Ferreira.

Chiquinho continua a narrar a triste história dos tubarões vítimas da maldade humana, na Barra de Guaratiba: “Um Tubarão Tintureira perseguiu a canoa de Felisberto (Mestre Bitinho) antes de atingir o Boqueirão, próximo da costeira (encosta que vai do Canto da Praia ao Frade) onde há remanço. Os outros dois tubarões, de menor porte estavam tão próximos da praia que um foi pego e morto a pau pelos curiosos e outro atingiu a perna de um banhista que tentou pegá-lo. Após 40 anos outro tubarão foi capturado na rede de outro Manoel Ferreira”.

Ainda segundo esclarecimento de Chiquinho no seu livro “Contos Lendas e Folclore de Barra de Guaratiba”, os peixes nessa região fazem corrida de Sul para Norte ao longo da praia da Restinga da Marambaia. Chegando próximo à Costeira e encontrando mar manso, cansados, permanecem algum tempo, dando margem a serem capturados.

Com informações do Portal Guaratiba

Nota da Redação: Causar danos a um animal constitui crime contra a fauna. Os humanos devem aprender a respeitar o direito dos animais à vida e à liberdade. Infelizmente, crimes como esse acabam sendo estimulados pela impunidade e pela falta de consciência de muitos veículos de comunicação, que retratam essas atrocidades contra os animais como algo digno de reconhecimento. A mídia deveria ser a primeira a contribuir para a propagação da justiça e da clareza de consciência. Mas o que acontece é o oposto – neste caso, o tubarão morto é mostrado como um troféu, quando na verdade é mais uma vítima da maldade e da decadência humana.

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