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Sagui e bem-te-vi disputam espaço em árvore no interior de SP

25 de dezembro de 2010
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Há cerca de quatro dias uma cena tem sensibilizado dona Maria Rocilda de Souza, 78 anos, em Bauru, no interior de SP. Na companhia de novos vizinhos, a moradora do Núcleo Geisel tem, diariamente, acordado ao som do canto de um bem-te-vi e acompanhado a luta pela sobrevivência entre o pássaro e um sagui, ambos moradores da mesma árvore, em frente à sua casa.

Preocupada com o pequeno macaco que estaria sendo atacado pelo bem-te-vi, a aposentada entrou em contato com a reportagem do Jornal da Cidade e chegou a acionar o Corpo de Bombeiros. “Ele fica o dia todo em cima da árvore, sem conseguir descer, porque o bem-te-vi o ataca. Só tem saído à noite. O engraçado é que ele sempre volta para a mesma árvore. O bombeiro falou que temos apenas que observar, porque é coisa da natureza, mas me dá um dó, porque acho que ele não está conseguindo comer nem beber água, acuado pelo passarinho”, narra sobre a cena presenciada na quadra 2 da rua dos Jambeiros.

De acordo com o diretor do Zoológico Municipal de Bauru, Luiz Pires, assim como informado pelo bombeiro, a “disputa” observada por dona Maria é comum. Longe de acuado e indefeso, explica Pires, o sagui está, na verdade, em busca de alimentação enquanto o pássaro tenta proteger sua prole.

“O bem-te-vi só ataca quando está protegendo sua prole e parte da alimentação dos saguis é também ovos e filhotes de passarinho. Enquanto o pássaro defende seu ninho, o sagui está esperando pelo momento de conseguir se alimentar. E aquela árvore ainda deve fazer com que o sagui sinta-se seguro, por algum motivo”, afirma o diretor do zoológico.

Segundo Pires, o mais correto é fazer como dona Maria: não interferir e se deliciar com a naturalidade do mundo animal. “Não temos que nos preocupar, porque o sagui está solto, em vida livre. Não devemos interferir de maneira nenhuma porque eles se ajeitam”, recomenda.

E ainda alerta. “Os saguis não existiam na região de Bauru, foram introduzidos. Então, sempre pedimos para não alimentá-los, porque a fartura de alimento faz com que eles se reproduzam cada vez mais, e isso desequilibra a natureza da região”, completa.

Fonte: JCNet

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