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Vereador de Piracicaba se articula para derrubar veto à lei contra maus-tratos e crueldade

1 de dezembro de 2010
2 min. de leitura
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Após receber mais de mil e-mails contra a manifestação do Executivo, Trevisan tenta convencer as bancadas

De olho na análise do veto assinado pelo prefeito Barjas Negri (PSDB) ao projeto, protocolado em abril deste ano, que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos, o vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) se movimenta em ritmo frenético. A votação do veto está marcada para acontecer nesta segunda-feira (6), a partir das 19h30, durante reunião ordinária. A sessão tende a ser uma das mais assistidas, por piracicabanos.

Ontem (30), Trevisan disse à Gazeta que cinco vereadores teriam dado a ele a garantia de que votarão contra o veto. Citou nomes dos parlamentares: Bruno Prata (PSDB); Ary Pedroso Júnior (PDT); José Pedro Leite da Silva (PR); Walter Ferreira da Silva (PPS), o Pira; José Antônio Fernandes Paiva (PT). Ao todo, são seis vereadores contrários ao veto, ainda de acordo com Laércio Trevisan Júnior, incluindo o seu próprio voto à propositura. Os vereadores mencionados por Trevisan não confirmaram textualmente os votos, mas o parlamentar fez questão de deixar claro que soube do posicionamento de todos em conversas diretas e após discursos proferidos na tribuna da Câmara.

Para que o veto caia, são necessários nove votos. A tática de Trevisan para arregimentar os votos dos quais precisa se resume no convencimento.

Mensagens

Entre um calhamaço e outro de papés – desde que o veto foi protocolado, o vereador contabilizou o recebimento de 1.740 mensagens de e-mail, vindas, segundo ele, de diversos lugares do Brasil e do mundo. Trevisan pondera que a justificativa do Executivo para vetar seu projeto ‘é inócua, sem sentido’.

A maior ‘arma’ de Trevisan contra o veto, que tem sido apresentada aos demais vereadores, é o parecer contrário à opinião do Executivo, exarado pela comissão de Justiça da Câmara.

“Entendo, com base em leis federais, no Código de Posturas e até mesmo na Constituição, que a liberdade de culto, de religião, termina quando há o sacrifício. Não queremos dar brechas para nenhum tipo de exceção’, salienta o vereador. O embate promete perdurar até a análise do veto, com Trevisan ocupando a tribuna e fazendo um apelo: ‘não há meio-termo para um projeto que trata sobre a crueldade aos animais. Ou se é contra a crueldade ou a favor. Simples assim’, dispara.

Número

Às 19h30 começa a reunião ordinária da próxima segunda.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

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