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Zoológico de Pequim serve carne de animais confinados para os visitantes

30 de novembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Vanessa Perez  (da Redação)

Carne de canguru é servida aos visitantes do zoo (Foto: Divulgação)

O Zoológico de Pequim, na China, se destaca por dois motivos. O primeiro deles é a grande variedade de bichos em exibição – são mais de sete mil animais. O outro diferencial está nas opções gastronômicas oferecidas pelo zoo. Depois de terminar o passeio, a grande pedida é comer no restaurante Big Feng Tang, cujo cardápio oferece iguarias das mais exóticas – incluindo as carnes de vários animais expostos nas jaulas. Por preços que variam de 100 a 1000 yuans (R$ 25 a R$ 250), o visitante pode degustar patas de hipopótamo ou cauda de canguru. Talvez experimentar sopa de formigas ou, se for mais arrojado, provar pênis de cervo. A lista de ingredientes inclui ainda animais como escorpião, crocodilo e pavão.

Esse menu “diferenciado” causou a ira de ativistas pelo mundo e espanto na própria China. “Isso é imoral. Vai contra o propósito do Zoológico”, fustiga o especialista em legislação ambiental Chang Jiwen, da Academia Chinesa de Ciências Sociais. A direção do Zoológico se defende dizendo que o consumo de carnes exóticas faz parte da tradição chinesa, e que os bichos que se transformaram em comida não são os que estão em exibição – mas outros, proveniente de criações que o zoológico mantém especialmente para abastecer seu restaurante.

O zoo também tenta contornar a evidente atrocidade contra os animais fazendo outra ressalva: nenhum dos animais servidos pertence a espécies ameaçadas de extinção. Mas o Bin Feng Tang parece um pouco envergonhado pelas críticas. Até recentemente, seu cardápio indicava qual parte de cada animal era mais saborosa ou saudável (de acordo com a medicina tradicional chinesa). Agora essas informações sumiram.

Nota da Redação: Retirar os animais da natureza não basta. Confinar não basta. Torturar diariamente, fazendo com que os animais levem uma sobrevida totalmente alheia à sua natureza não basta. A crueldade agora é matar os animais condenados ao confinamento para o consumo humano – um gozo perverso, violento, cruel e covarde. Zoológicos não devem existir, lugar de animal é livre na natureza e, de preferência, bem longe do alcance da maldade humana.

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