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Projeto de conservação apresenta Bianca, o novo membro da família de leões brancos

29 de novembro de 2010
4 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)
É uma das espécies mais ameaçadas do mundo, por isso o projeto de conservação é levado a cabo no Ukutula Lion Park and Lodge, na África, que reúne esforços para salvar o misterioso leão branco.

Localizado nos arredores de Joanesburgo, o Ukutula Lion Park and Lodge é o lar para 15 leões brancos que estão sendo pesquisados para a investigação de valor inestimável para a sobrevivência da raça.

Recém-chegada: a jovem leoa branca, Bianca com Willie Jacobs, dono do Ukutula Lion Park and Lodge, pioneiro em pesquisas sobre a reprodução para salvar a espécie.

Willie Jacobs, o proprietário do Ukutula Park and Lodge, é o líder da projeto, que trata-se de uma pesquisa pioneira para salvar essa raça rara.

Sua pele impressionante é o resultado de um gene que produz uma misteriosa pelagem branca pura, que só ocorre quando, dois leões marrons, portatores dos genes recessivos para pelagem branca, cruzam e produzem descendentes.

O parque de 260 hectares, onde nasceu Bianca, é extraordinário. Ali vive um grupo de leões marrons capazes de produzir filhotes de leão branco. Dos 86 leões que vivem no parque, Willie, atualmente, cuida de 15 brancos.

De acordo com o Mail Online, Willie comprou o local, já utilizado para reprodução de leões, há cinco anos e logo foi surpreendido pelos segredos revelados pelos residentes felinos da região.

“O orgulhoso macho Felix foi comprado pelo proprietário anterior, sem qualquer conhecimento de que ele carregava o gene da pelagem branca”, disse Willie, de 52 anos.

“Logo depois que assumimos, filhotes brancos começaram a aparecer. Nós fomos realmente abençoado por este fenômeno fantástico”.

Willie Jacobs mostra a amizade do leão branco no Ukutula Lion Park and Lodge.

Willie explicou que alguns criadores de leão branco, que cruzam membros da mesma família, por isso também carregam o traço genético.

“Os leões brancos são tão raros quanto um grande atrativo para as pessoas, portanto ótimos para assegurar visitantes. As pessoas gostam de ter os leões brancos para mostrar aos seus hóspedes e é realmente uma atração para o turismo também”, afirma Willie.

“E devido à raridade da espécie, atingem preços mais elevados e existem pessoas inescrupulosas em suas práticas de criação. Isso é o que chamamos de criação não-oficial, bem como antiética e acreditamos que o conjunto de genes do leão branco está se tornando limitada por causa disso”.

“Endogamia provoca fraqueza nos animais. Por exemplo, temos observado deformidades esqueléticas, problemas de visão e relatos de problemas renais. Existem muitos problemas associados com a endogamia nesses animais.”

Para combater esta prática Willie associou-se à Universidade de Pretória, onde amostras genéticas são fornecidos para uma equipe de cientistas que trabalham para isolar o gene responsável pela pele branca e ajuda a sua conservação na natureza.

“Nós sentimos que esses animais precisam de proteção e até mesmo ações com o melhor dos motivos pode prejudicar esses animais a longo prazo. Portanto, nossa pesquisa tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre esse fenômeno e, dessa forma, preservar o leão branco. Assim, as gerações futuras poderão conhecer de perto, esses belos animais”.

Luta contra a extinção: Bianca de 3 meses (à esq.) e Michelle de 5 meses (à dir.), no Ukutula Lion Park & Lodge.

Segundo Willie, “vocês podem de ver leões em parques ou reservas, mas um vínculo emocional somente é estabelecido ao tocar em um pequeno filhote de leão. Basta ser capaz de fazer contato visual com estes belos animais para ver uma conexão muito, muito especial”.

Willie espera que, isolar o gene que define a pelagem branca, seja a resposta para a saúde e a sobrevivência dessa espécie. “O gene pode ser mantido como um pedigree, assim como é encontrado em outras espécies de animais que vivem em cativeiro”.

“Nosso objetivo final é a liberação desses leões já saudáveis e fortes, de volta à natureza”, explicou ele. “Nós temos um programa onde os nossos leões recebem treinamento de instinto natural, onde a sobrevivência no meio selvagem é estimulada”.

Bella, leao branca no Ukutula Lion Park and Lodge.

“Assim que a pesquisa estiver próxima de uma conclusão, vamos fazer negociações com indivíduos e organizações para ter nossos leões soltos na natureza.”

Os leões brancos só foram registrados oficialmente pela primeira vez em 1938 na região Sul-Africano de Timbavati, de onde são originários. A partir daí, têm sido alvo de caçadores por sua pele rara e acredita-se que menos de 100 indivíduos estão vivendo soltos em meio natural.

“Nós sempre damos às boas-vindas para qualquer organização que queria apoiar o projeto, através de nossa equipe de investigação. Tudo é realizado para o bem da espécie”, disse Willie. “Nós estamos realmente ansiosos para o envolvimento do público.”

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