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Cão é covardemente morto com tiros enquanto brincava em parque

24 de novembro de 2010
4 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)

Recentemente, em um parque público na Espanha, uma criança brincava com seu cão chamado Foski, quando balas vindas de trás de um arbusto, onde estava escondido um homem, mataram o cão. Tudo leva a crer que o motivo seja porque os seus tutores são envolvidos com a causa de proteção animal, segundo informou o jornal PrensAnimalista.

A lembrança de Foski – carta de seu tutor

“À noite morreu assassinado meu melhor amigo, meu companheiro de alma, o ser mais adorável do universo, meu Foski, meu cãozinho. Mais nobre e mais ‘humano’ que muitas pessoas que conheci na vida.

Espalhando simpatia pelos quatro cantos da casa, era a alegria da família. Era o primeiro que me recebia ao chegar, o último me desejar boa noite e me dizer, à sua maneira, ‘obrigada por existir’. Se algum dia me sentia mal, ele, de alguma forma, percebia e balançava o rabinho para me animar. Generoso e de energia positiva, amor puro em quatro patas, Foski era, simplesmente, o amor em forma de cão.

Um animalzinho usado para caça e depois abandonado, até sua maturidade somente havia conhecido o maltrato e o abandono, resgatado de uma armadilha, onde quase perdeu uma das patas e sua vida. O encontrei em um canil municipal, deixando-se morrer, sem forças, com apenas um fio de vida, tremendo de frio e com o olhar perdido no canto de uma jaula. Ficou tão agradecido quando o tirei daquele inferno, que acredito, que era feliz somente por respirar o mesmo ar que eu.

Deu muito trabalho e esforço salva-lo, pois tinha leishmaniose, anemia e Ehrlichia, mas com muita vontade de viver, portanto, conseguimos.

Mas, durante a noite, algum ser desumano e desalmado, alguém que nunca deveria ter nascido, escondido atrás de um arbusto ou de uma varanda, o assassinou no parque, enquanto minha filha pequena foi passear com ele, como todos os dias. Não foi um acidente, não, atingiram dois tiros, um na boca e outro que lhe atravessou o coração. Esse coraçãozinho cheio de vida deixou de bater poucos minutos depois.

A pedido meu, o veterinário realizou a necrópsia e diversos exames ecográficos e radiológicos que provam que Foski não morreu de causas naturais, senão por danos produzidos pelas balas que atingiram seu corpo.

O informe veterinário realizado pelo Dr. Juan Calos Olalla de Mingo, de Madrid, determina que a causa do falecimento foi uma hemorragia interna na cavidade torácica (hemotórax) devido à perfuração intercostal-pleural e pericárdica de uma bala de arma de fogo alojada no hemisfério torácico esquerdo com muito sangue e coágulos que provocaram um choque hipovolêmico e o falecimento de forma aguda do animal.

Quero fazer essa denúncia pública, fazer um chamado à consciência das pessoas que elaboram leis e das que as aplicam. Esse assassinato não pode ficar impune, mas, é muito provável, que assim será. Parece que há alguém que se acha superior, com o poder para decidir sobre a vida dos outros seres vivos e, pior, com capacidade para tira-la. Trata-se de matar por prazer!

Se as autoridades competentes não se importam com a vida de um cão, ao menos deveriam preocupar-se em investigar pela segurança dos vizinhos e de seus próprios filhos, porque todos os estudos realizados sobre maus-tratos às pessoas e sobre assassinos, afirmam que todos esses psicopatas começaram maltratando e assassinando animais indefesos, aqueles que não têm voz.

Não podemos evitar que nasçam psicopatas assassinos, mas podemos impedir que cometam crimes e saiam impunes. Temos que exigir leis mais eficientes e severas, leis de proteção animal de acordo com a realidade. Basta de tanto egocentrismo humano, não somos o centro do universo, deixemos de crer que somos superiores e com capacidade para dominar e aniquilar a qualquer outro ser vivo, sem motivo e sem prestar contas de seus atos. À noite, morreu meu fiel companhiero e meu amigo, meu Foski, nunca vou deixar de sentir falta dele, nada me o trará de volta, mas não quero, nem posso permitir que isso fique como está e caia no esquecimento”.

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