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Câmara Municipal de Évora abre inquérito para apurar denúncias do canil

18 de novembro de 2010
2 min. de leitura
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O presidente da Câmara de Évora revelou hoje à Lusa que abriu um inquérito para averiguar o funcionamento do canil municipal e apurar eventuais responsabilidades, após denúncias mútuas entre o responsável do serviço e duas veterinárias. (Leia a notícia aqui).
José Ernesto Oliveira disse, contudo, desconhecer o caso, avançado hoje  pelo Jornal de Notícias, de que cães vivos do canil foram usados como cobaias por alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora e que depois eram abatidos. Oliveira  indicou apenas a existência de um protocolo entre a Câmara e a universidade para a incineração de cadáveres, como o caso de cães vítimas de atropelamento na via pública.

O inquérito aberto pela câmara, segundo José Ernesto Oliveira, baseia-se nas denúncias mútuas sobre o funcionamento do canil entre o veterinário municipal e duas veterinárias que trabalham no serviço. “O confronto interno atinge proporções cada vez mais graves”, reconheceu Oliveira, assegurando que o inquérito, desenvolvido pelo departamento jurídico do município, vai ser concluído “o mais rápido possível”. Depois, adiantou que  “a câmara tomará medidas, segundo as conclusões do inquérito, não excluindo a instauração de procedimentos disciplinares”.

Para a próxima segunda-feira está prevista uma manifestação em frente aos Paços do Concelho, como forma de exigir a demissão do veterinário municipal, António Flor Ferreira, alegadamente responsável pela morte de sete cães no canil. A ação de protesto originou-se em redes sociais da Internet, depois de ter sido divulgado um e-mail enviado pelas duas veterinárias do canil à Câmara de Évora  denunciando ilegalidades alegadamente cometidas naquele espaço, entre as quais a morte de sete cães.

Também em declarações à Lusa, na terça-feira, o veterinário municipal de Évora refutou as acusações de ter promovido um “abate ilegal” de sete cães, alegando que agiu em “conformidade com a lei” .”Estes animais já estavam há 60 dias no centro de recolha oficial (…) e não estavam dados para adoção, porque quem decide a adoção sou eu e ninguém me deu conhecimento que havia pessoas interessadas”, disse, na altura, António Flor Ferreira.

Ana Azinheira, uma das promotoras da manifestação, contrapôs, na quarta-feira, que os animais em causa “estavam com os processos de adoção finalizados” e especificou que “já estavam assinados os despachos pelo veterinário municipal em como [os cães] estavam autorizados a sair”. “Faltava, simplesmente, os tutores irem levantá-los”, afirmou.

Fonte: Diário de Notícias

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