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África do Sul pede intervenção do exército para acabar com caça de rinocerontes

16 de novembro de 2010
2 min. de leitura
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A autoridade dos parques e reservas naturais da África do Sul, SANParks, pediu hoje a intervenção do exército para pôr fim à atividade de caçadores furtivos que ameaçam dizimar os rinocerontes do país.

“A caça furtiva de rinocerontes é um crime que devemos travar imediatamente, é cruel e brutal, e a SANParks pediu-nos que os ajudássemos com urgência”, afirmou hoje em comunicado a ministra da Defesa sul-africana, Lindiwe Sisulu.

Desde janeiro deste ano foram já abatidos em toda a África do Sul pelo menos 210 rinocerontes, dos quais foram removidos os chifres que são exportados para países asiáticos onde são considerados afrodisíacos.

Em contraste, 122 animais foram abatidos por caçadores furtivos em parques e reservas públicas e privadas da África do Sul no ano passado e pouco mais de três dezenas em 2008.

A ministra da Defesa garantiu que estão sendo ultimados planos que permitam uma intervenção eficaz no combate à caça ilegal de rinocerontes, envolvendo vários departamentos do seu Ministério.

“A Denel (empresa estatal que fabrica material de defesa) possui também um dos melhores equipamentos do mundo para localização a partir do ar, que nos poderá ajudar a pôr fim à caça furtiva, e por isso estamos trabalhando nesta matéria com caráter de urgência”, referiu Sisulu no mesmo comunicado.

Os caçadores ilegais têm operado em várias províncias sul-africanas, nomeadamente em Mpumalanga (onde se situa o Parque Kruger e várias outras reservas de vida selvagem), Limpopo e Kwazulu-Natal, tendo sido vistos helicópteros a sobrevoar zonas onde mais tarde são encontrados animais mortos ou gravemente feridos com os chifres serrados.

O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciou na semana passada no final de uma cimeira com o seu homólogo de Moçambique, Armando Guebuza, que os dois países, que gerem em conjunto o parque transfronteiriço que se estende ao longo da fronteira comum a noroeste da África do Sul, estão a discutir medidas e programas conjuntos para combater a caça ilegal de rinocerontes e outras espécies, tendo pedido a intervenção da Interpol nesta luta.

Fonte: Diário Digital

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