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Baleia é encontrada viva oito anos depois de ser desencalhada

9 de novembro de 2010
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É a primeira vez que cientistas brasileiros confirmam um resgate bem-sucedido de animal encalhado

A análise do material, colhido em 2008, confirmou que se tratava da mesma baleia que foi desencalhada de uma praia em Ubatuba, em 2000 (Foto: Kátia Kroch/IBJ)

Depois de dois anos de espera na fila de análises do laboratório, os pesquisadores do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) receberam nesta semana os resultados do exame do material genético de uma baleia avistada em 2008, no Banco de Abrolhos, no litoral da Bahia. Os dados batem com amostra colhida de um animal encalhado que foi resgatado vivo de uma praia em Ubatuba, no litoral de São Paulo, dez anos atrás. É a primeira vez que cientistas brasileiros obtêm uma confirmação genética de que um resgate de baleia encalhada foi bem-sucedido.

A notícia é animadora para os pesquisadores porque 2010 se tornou o ano recorde de encalhes de jubartes. Até agora, 95 animais encalharam na costa brasileira. Somente nove deles estavam vivos e apenas um foi devolvido ao mar com vida. 

Baleia jubarte, com 11 metros de comprimento e cerca dez toneladas de peso, que encalhou na praia do Bonete, em Ubatuba (SP), em 2000. Animal foi resgatado com vida. (Foto: Hugo Gallo/Aquário de Ubatuba)

O resgate é complicado porque os animais têm dificuldade para respirar fora da água e podem sofrer uma parada cardíaca quando ficam muito tempo presos na areia. Além disso, as baleias costumam estar doentes e debilitadas quando encalham, o que reduz as chances de sobrevivência, no caso de um possível resgate. “A confirmação da sobrevivência desta baleia mostra que, apesar das baixas chances de sucesso, todos os esforços valem a pena”, disse Milton Marcondes, médico veterinário e diretor de pesquisa do IBJ.

Até hoje apenas três baleias com mais de 10 metros de comprimento foram devolvidas ao mar com vida, no Brasil: uma em Saquarema (RJ), em 1991, outra em Florianópolis (SC), em 1998, e a de Ubatuba, que encalhou em 2000. Na epóca, o animal tinha onze metros de comprimento, pesava cerca de dez toneladas de peso e aparentava estar saudável. Foi resgatado depois de doze horas, numa operação que envolveu um barco rebocador e quase cem pessoas, entre biólogos, bombeiros e moradores.

Fonte: Veja

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