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Crimes contra animais revoltam moradores de cidades do interior de SP

3 de novembro de 2010
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Dois casos de maus tratos contra animais domésticos causaram indignação de moradores de Americana e Santa Bárbara d´Oeste, no interior de São Paulo, no último final de semana. Ambas as ocorrências envolveram gatos, que foram enforcados, envenenados ou vítimas de armadilhas.

Em Americana, a analista de mídias sociais Júlia Mendes Lacava informou que inclusive chegou a entrar em contato com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município, mas não foi atendida. “Eu moro em um prédio e pude ver o dono de uma casa na rua colocando armadilhas em seu telhado para pegar os gatos de uma vizinha. Esses dias, ele conseguiu prender um filhote, daí liguei para o CCZ e não atenderam, mas depois de um tempo veio um funcionário aqui porque a própria pessoa que fez a armadilha chamou. Eu fui reclamar e eles ainda riram da minha cara”, afirma.

Segundo Júlia, a armadilha consistia num anzol com um pedaço de carne, que atrairia a atenção dos animais. “Fiquei revoltada, é estranho porque esse morador tem até um cachorro, como pode então maltratar os bichos assim?”, indaga.

Outros episódios foram relatados em Santa Bárbara pela presidente da Sociedade Protetora dos Animais da cidade, Maria Luiza. Ela conta que quatro gatos foram mortos de forma cruel, através de enforcamento e envenenamento. Por conta disso, foi elaborado um B.O (Boletim de Ocorrência) para que o assunto seja apurado pela polícia, já que os autores do delito não foram encontrados.

“É uma barbaridade, temos muitos casos como esse acontecendo todas as semanas no município. Algumas pessoas já foram penalizadas, mas é difícil encontrar quem pratica os atos”, esclarece Maria.

A Lei Federal 9.605 / 98, que trata dos crimes ambientais, em seu artigo 32, dispõe que a prática de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres ou domésticos é crime, prevendo detenção de três meses a um ano, além de multa.

Procurado para comentar o assunto, o CCZ de Americana disse desconhecer o caso e orienta a população a registrar possíveis denúncias pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) da Prefeitura, pelo telefone 3475-9024. Por sua vez, o órgão de Santa Bárbara não respondeu as ligações.

Fonte: O Liberal

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