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Conheça os bastidores cruéis das fazendas que criam animais para o consumo humano

7 de outubro de 2010
3 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

O dia 2 de outubro foi o dia internacional dos animais que vivem e sofrem em fazendas. De acordo com a Farm Animal Rights Movement (FARM) é um dia “dedicado a expor, ficar de luto, e memorizar os mais de 58 bilhões de vacas, porcos, perus, galinhas, e outros animais que sofrem horrores diários sem motivo algum em fazendas de criação e matadouros.” Não por coincidência, o dia 2 foi também dia do nascimento de Mahatma Gandhi, que disse a cérebre frase “A grandeza de uma nação e seu progresso moral podem ser julgadas pela forma como trata seus animais”.

Segundo reportagem da Animals Change, o tema do dia mundial dos animais de fazenda de 2010 é “Expor os Segredos Cruéis do Agronegócio”. Infelizmente, isso levaria muito mais de um dia. A maioria dos envolvidos no movimento de defesa dos animais sabe dos “segredinhos sombrios”, como manipulação de gestações, gaiolas de bateria, operações de alimentação concentrada (CAFO, sigla em inglês), e a lista continua. Este ano, a FARM espera atrair a atenção dos menos informados para o que eles chamam de 5 Segredos Cruéis do Agronegócio. Aqui vão eles:

1. Violações repetidas de leis que protegeriam a saúde pública e bem-estar animal, permitindo continuidade de abusos e produtos nocivos à saúde humana (tome como exemplo a crise de salmonela);

2. Os dejetos de animais de fazenda acabam criando a tragédia ecológica de “zonas mortas” como a do Golfo do México, muito maior que o derrame de óleo da BP;

3. Por anos, a carne usada pelo governo em merendas escolares era tão “underground” que nem o McDonalds aceitou usá-la;

4. Galinhas e perus comem misturas com restos de galináceos e carcaças moídas de cães e gatos mortos em abrigos;

5. A cada minuto, morrem mais de 100 mil animais no mundo – um número equivalente a toda população de Berkeley, na Califórnia. Aproximadamente 99% desses animais são bebês com menos de seis meses de idade.

Os incontáveis animais torturados e mortos para o consumo humano são rotineiramente ignorados e esquecidos, e por isso um dia mundial para animais “de fazenda” é tão importante. É um dia para ver o massacre de nossos companheiros animais, e, mais importante que isso, um dia para tomar atitudes e mudar essa realidade.

Você pode ajudar expondo gaiolas de bateria, requisitar a restaurantes e supermercados que parem de vender carne de vitelo, protestar contra o uso excessivo de antibióticos na pecuária, ou derrubar leis que permitem que criadores mantenham animais em galpões lotados, imundos. Talvez você possa doar para uma organização que já atua na área.

Ou você pode abandonar a carne, talvez por um dia, talvez para sempre. Afinal, o dia mundial de animais de fazenda é um dia depois do dia mundial pelo vegetarianismo. E quem pode se beneficiar melhor do vegetarianismo do que os sofridos animais que vivem  e definham nas fazendas?

Para citar Gandhi mais uma vez, “sinto que o progresso espiritual demanda um estágio em que paramos de massacrar nossos companheiros animais para mera satisfação momentânea de nosso paladar”.

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