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1 em cada 100 animais pode desenvolver diabetes

31 de outubro de 2010
3 min. de leitura
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Um em cada 100 cães e gatos pode desenvolver diabetes animal (diabetes mellitus), que, quando não tratada, pode levar à morte do animal. Aproveitando o mês em que se assinala o dia da diabetes humana (17 de Novembro), a Intervet/Shering-Plough promove, pela primeira vez em Portugal, o “Pets Diabetes Months” (Mês da Diabetes dos Animais de Companhia), com o intuito de sensibilizar os médicos-veterinários e a população em geral.

No sentido de incentivar o diagnóstico precoce da doença, a empresa associou-se ao laboratório de análises clínicas veterinárias INNO, que irá disponibilizar exames de diagnóstico a preços mais baixos. De acordo com Rodolfo Neves, médico-veterinário da Intervet/Shering-Plough, à semelhança da diabetes humana, também a diabetes animal resulta de uma produção insuficiente ou inexistente de insulina por parte do pâncreas.

Os tutores de cães e gatos devem estar alertas para os sintomas que é conhecida como a doença dos 4 P’s:- Poliuria (urinar em excesso);- Polidipsia (beber água em excesso);- Polifagia (aumento do apetite);- Perda de peso. Caso o animal apresente um ou mais destes sintomas, deve ser encaminhado para o médico-veterinário, a fim de serem realizados exames de sangue e de urina para verificar se há presença de glucose.

“Como os animais começam a comer mais, produzem mais glucose e o rim começa a excretar glucose na urina”, explica Rodolfo Neves, acrescentando: “Se o animal não for tratado, como há um défice nutricional, perde peso, apesar de comer mais. Começa então a processar gordura, o que conduz à libertação de substâncias tóxicas, e o animal acaba morrendo”. A diabetes surge sobretudo em animais de meia-idade e tem uma maior prevalência nas cadelas não-esterilizadas e gatos castrados.

No caso dos cães, a diabetes causa uma perda total e definitiva das funções do pâncreas, por isso o tratamento deve ser feito durante toda a vida. Nos felinos, a fase inicial pode ser administrados apenas comprimidos, que induzam à produção de insulina, tendo possibilidade de reversão da doença.

Animais com excesso de peso, vida sedentária ou que apresente outro tipo de problemas no pâncreas estão mais propensos ao desenvolvimento da diabetes, sublinha Rodolfo Neves. Quando a doença é diagnosticada, o animal deve ficar internado para que o médico-veterinário consiga determinar e administrar a dose certa de insulina. Uma vez em casa, os tutores deverão administrar a dose recomendada de insulina veterinária, de 12 em 12 horas, preferencialmente antes das refeições, diz o médico-veterinário.

Há também que ter a preocupação de controlar os índices de glicemia, com recurso a um aparelho semelhante ao utilizado para a diabetes humana, e de dar aos animais refeições nutricionalmente equilibradas e sempre à mesma hora.  Animais com diabetes podem levar uma vida perfeitamente normal, embora a esperança média de vida diminua e sejam mais sujeitos a infecções.

Fonte: Os Bichos

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