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ONG denuncia maus-tratos contra cão que foi enterrado vivo em um terreno, no RJ

27 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Criada em 2001, a organização não governamental (ONG) Cantinho do Amigo, sociedade protetora dos animais, denuncia mais um caso de maus-tratos e intolerância contra a integridade dos animais. No dia 20, membros da entidade de caráter filantrópico e de utilidade pública foram comunicados pela Polícia Militar (PM) e pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de Resende (RJ) que um cão adulto da raça rottweiler fora encontrado enterrado num terreno, no bairro Jardim do Sol. O animal, que estava enrolado numa colcha com marcas de sangue, apresentava um ferimento na cabeça. Seus uivos e latidos despertaram a atenção de transeuntes, que iniciaram o socorro.

De acordo com a vice-presidente da ONG Cantinho do Amigo, Noêmia Maria dos Reis Corrêa, as autoridades competentes identificaram o tutor do animal, que deve ser indiciado por maus-tratos. “Maltratam animais como se nada fossem. Há indícios de que o cão foi agredido e depois enterrado vivo. Se existe um responsável, sem dúvida será acionado na Justiça por crime de abandono e maus-tratos contra animais”, comenta Noêmia, ressaltando o trabalho realizado. “O cão está sob os cuidados do CCZ, que recebe em média dez denúncias mensais alusivas a maus-tratos. A ONG conta com 12 membros voluntários que cuidam de aproximadamente 400 animais, entre cães e gatos de várias raças, adultos e filhotes”, afirma. A alimentação dos bichos é feita com apoio institucional e de voluntários da sociedade.

Os infratores podem ser punidos com ações que vão desde serviço comunitário a pena de reclusão. O município conta com legislação pertinente, a Lei Municipal nº. 2614, de 26 de outubro de 2007, que institui o Código Municipal de Proteção aos Animais. A lei tem 54 artigos, com destaque para o 31º, que em parágrafo único torna “expressamente proibida a eutanásia de animais urbanos excedentes ou abandonados como controle populacional ou de zoonoses”.

As denúncias podem ser feitas para a Polícia Militar (telefone 190) ou CCZ (24-3381-9802). Segundo a ONG, a intolerância atinge todas as classes sociais e faixas etárias, e a maioria dos animais envolvidos tem tutor. “Para mudar esta situação existe o projeto Orientação educacional nas escolas da rede pública. É importante transformar a mentalidade das pessoas quanto ao convívio com os animais”, observa Noêmia Corrêa. Outra proposta da ONG é aumentar o total de animais cadastrados, ampliando o atendimento que atualmente acontece somente no CCZ. A intenção é criar núcleos em cada bairro da cidade, além de construir um canil.

Recursos

Para angariar recursos para a manutenção dos animais, a ONG Cantinho do Amigo mantém uma pechincha. A loja de produtos usados está situada na Rua Dom Bosco, 26, bairro Paraíso (RJ). No local é realizado também o serviço de banho e tosa, com sistema delivery. Informações pelo telefone (24) 3360-6933.

Fonte: Jornal A Voz da Cidade

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