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Juiz de Rio Claro manda recolher animais maltratados

20 de outubro de 2010
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Cães foram apreendidos por ordem judicial e, portanto, mesmo depois da recuperação, a princípio eles não poderão ser doados. (Foto: Reprodução/JC)

Apesar da lei, casos de maus-tratos contra os animais continuam sendo registrados no município de Rio Claro (SP). Na tarde de terça-feira, representantes do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Gada), acompanhados de uma oficial de justiça, compareceram ao bairro Arco-Íris, onde, de acordo com a denúncia da vizinhança, dentro de uma casa, havia dois cães da raça pit bull em precárias condições de saúde.

O veterinário do Gada, André Caperucci, constatou os maus-tratos. “Esses dois animais apresentam um severo quadro de desnutrição. Eles estão judiados demais. Esse tipo de atitude é inaceitável”, fala o médico veterinário. Um dos cães, de acordo com o veterinário, não pesava mais de cinco quilos, enquanto que o ideal para um animal dessa raça e porte seria pelo menos de 40 quilos.

Diante da gravidade do caso, os cachorros foram levados até a clínica do Gada, onde serão devidamente tratados. Mas nesse caso, mesmo após da devida recuperação, eles não poderão ser doados, como geralmente acontece.

A presidente da Organização Não Governamental (ONG), Roberta Escrivão de Campos, observa que se trata de uma apreensão mediante ordem judicial e que, num primeiro momento, a doação não seria permitida mesmo depois da recuperação dos cães. Ela aproveita a ocasião para alertar a população a respeito da chamada guarda responsável.

“As pessoas devem ter a consciência da guarda responsável e da importância da castração”, diz. O Gada avisa também que, a partir de agora, irá acionar juridicamente todos os tutores que não cuidam como deveriam de seus animais de estimação. “É preciso aplicar a lei. Enquanto a impunidade persistir, casos lamentáveis como esses continuarão acontecendo em nossa cidade. Isso é uma covardia sem precedentes”, desabafa Roberta Escrivão.

Roberta observa ainda que é preciso consciência por parte da população, principalmente daquelas de baixa renda. “No começo, quando se ganha ou compra um animal, é tudo motivo de festa. Com o passar do tempo e com o surgimento de alguma doença, esse entusiasmo diminui e o cão ou gato é simplesmente jogado na rua como se fosse um sapato velho. Isso tem que parar”, desabafa. A dona da casa onde estavam os animais (apesar das evidências) negou todas as acusações de
maus-tratos.

Fonte: Jornal da Cidade

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