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Animais são devorados durante o programa “Hipertensão”, exibido pela Rede Globo

18 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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Por Lobo Pasolini  (da Redação)

Abuso de animais na TV exemplifica a falência moral e criativa da TV

Os meios de comunicação baseados na imagem sempre se utilizaram do impactante, da tática de choque para atrair a atenção de um público cada vez mais ávido pelo extremo.

Quem não se lembra do debate de 30 anos atrás sobre a violência dos desenhos animados, quando pedagogos debatiam se a televisão estaria influenciando as crianças negativamente? Depois veio a violência truculenta do cinema, com os filmes de Rambo e similares. Depois os videogames, ultraviolentos e altamente viciantes por serem interativos.

No começo da primeira década de 2000, a chamada ‘reality TV’, uma forma barata de TV que utiliza o ‘cidadão comum’ e amador como protagonista do universo eletrônico até então reservado para profissionais, começou a dominar a programação.

Hoje ela reina absoluta, mas para manter a audiência torna-se cada vez mais apelativa, operando no limiar da legalidade e com total desrespeito pela ética.

Um dos exemplos atualmente no ar é um programa chamado Hipertensão, em que os participantes se submetem a provas humilhantes de alto esforço físico. É um espetáculo triste de ser ver, mas pelo menos os indivíduos escolhem se lançar como bonecos remunerados de um espetáculo sadomasoquista.

O mesmo não se pode dizer dos animais, que são devorados e mortos nesse programa.

Em uma das provas exibidas no programa, os participantes eram “convidados” a comer uma pizza servida com vermes e minhocas ainda vivas, olhos de peixes e baratas. Assista, aqui, ao vídeo da prova (aviso: cenas fortes):

A sua participação é forçada e reforça a ideia de que animais são elementos de cena, criaturas peçonhentas que devem ser destruídas. O animal é apresentado como material de um pesadelo, e não como uma entidade natural que tem um lugar no mundo.

Não é a primeira vez que a emissora em questão se utiliza dessa técnica cruel e barata para criar sensacionalismo. E nem será a última, já que as autoridades competentes não a punem como deveriam. Cabe ao cidadão boicotar esse tipo de programa e virar suas costas para mais esse exemplo de brutalidade promovido como ‘entretenimento’.

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