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Chimpanzé de 52 anos que vivia confinado em zoo na África morre nesta terça-feira

6 de outubro de 2010
1 min. de leitura
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O chimpanzé Charlie, que ficou conhecido por fumar vários cigarros ao longo de sua vida, morreu nesta terça-feira (5), aos 52 anos. Assim como tantas outras vítimas da exploração humana, o animal viveu uma triste vida de confinamento aprisionado no zoológico de Bloemfontein, na África do Sul.


Segundo seus veterinários, Charlie começou a fumar quando os visitantes do zoológico começaram a jogar cigarros acesos em sua jaula.

Ninguém sabe ao certo quantos cigarros Charlie conseguiu fumar. Daryl Barnes, funcionário do zoológico, disse que viu Charlie fumar apenas cinco vezes durante os 15 anos em que trabalhou no local. O animal, com um comportamento já completamente desnaturalizado, tentava esconder o hábito de seus tratadores.

“Quando ele vê pessoas fumando do lado de sua jaula, ele implora por um cigarro. Depois que um visitante joga um cigarro aceso, ele dá algumas tragadas”, explicou Barnes, em entrevista ao Daily Mail.

Charlie foi retirado das florestas da África central, para, então, ser forçado a viver em um zoo, distante da natureza, de sua família – condenado a uma vida reduzida às intenções humanas.

Com informações da Revista Galileu

Nota da Redação: Quando submetidos a condições estressantes e alheias à sua natureza, os animais desenvolvem comportamentos doentios, distúrbios e traumas – muitos deles, irreversíveis. A cadeia de sofrimento tem origem na violência de serem arrancados de suas famílias e habitats para viverem uma existência reduzida ao confinamento e ao sofrimento. O ser humano deveria se envergonhar íntima e profundamente por ser mais uma vez responsável pela morte de um ser inocente e grandioso. Lugar de animal é na natureza.

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