Um seminário nacional sobre a biodiversidade e desenvolvimento sustentável das comunidades, iniciado ontem, no Lubango, está traçando estratégias para a proteção das espécies em extinção.

O encontro, promovido pelo Ministério do Ambiente, decorre sob o lema “A biodiversidade e o desenvolvimento das comunidades envolventes” e conta com a participação de especialistas em ambiente, governantes, acadêmicos e políticos.

No ato de abertura, o vice-ministro do Ambiente, Syanga Abílio, disse que o Ministério da tutela e parceiros estão recuperando as reservas naturais e criando novas áreas para garantir a proteção efectiva da biodiversidade e desenvolvimento das comunidades.

O Ministério do Ambiente afirmou estar trabalhando na recuperação dos parques nacionais e na identificação de novas áreas de conservação, como os mangais da foz do rio Congo e a floresta do Maiombe.

Segundo explicou, existem espécies como a palanca-negra, o gorila, chimpanzé, búfalo vermelho e outras, que se encontram sob ameaça de extinção. Por isso, defendeu que devem permanecer sob controlo absoluto das autoridades.

“Angola possui enormes potencialidades em biodiversidade e a grande preocupação de momento é a atividade exercida pelo ser humano, que tem provocado o desaparecimento de muitas espécies”, disse.

Sublinhou que o ambiente de paz e estabilidade que o país vive há oito anos está proporcionando o regresso de algumas espécies animais foragidas durante o conflito armado, como elefantes, leões, chimpanzés e outras.

O Ministério do Ambiente está empenhado na conservação da riqueza biológica, tendo sido elaborada uma série de legislação que se junta aos diplomas já existentes, nomeadamente o Decreto-Lei sobre Avaliação de Impactos Ambientais, Licenciamento e auditorias ambientais e Estratégica Nacional sobre a Biodiversidade.

O tema do seminário, segundo Syanga Abílio, é uma escolha feliz, tendo em conta a riqueza biológica que a província da Huíla possui nas espécies biológicas e domésticas.

Por sua vez, a vice-governadora da Huíla para a área Técnica, Vitória Correia, considerou que o seminário se reveste de grande importância para a preservação do meio ambiente. Frisou que as experiências dos oradores do Brasil, Moçambique e outros participantes vai contribuir para o engrandecimento do assunto da biodiversidade no país.

Fonte: Jornal de Angola