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Espécies consideradas extintas estão reaparecendo em reserva ambiental da Angola

1 de outubro de 2010
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Infelizmente animais ainda são vítimas da caça (Foto: Reprodução/Cpires)

Algumas espécies da fauna do Parque Nacional do Bicuar, província da Huíla, na Angola, tidas como extintas, foram localizadas, nos últimos meses, por fiscais daquela reserva natural com sete mil e 900 quilômetros quadrados, dois anos depois da sua reabilitação.

A revelação foi hoje feita, no Lubango, pelo diretor provincial da agricultura e desenvolvimento rural, Lutero Campo, quando apresentava, no seminário internacional sobre biodiversidade e desenvolvimento sustentável das comunidades, o tema “Parque nacional do Bicuar – Impactos ambientais e socioeconómicos”.

Dentre os animais localizados, o responsável destacou o olongo, a palanca vermelha, o bambi comum, a punja, o porco-espinho, a zebra-da-planície e zebra-da-montanha, a raposa-de-cauda-felpuda, a chita, a onça-de-Angola, o elefante-da-savana, o facochero, o gnu (boi-cavalo), o mabeco e o ouribi.

Lutero Campos lembrou que antes de 1992, no parque podiam ser encontrados vários mamíferos de grande, médio e pequeno porte, mas desde setembro de 2006 muitas destas espécies começaram a desaparecer, como impacto negativo da ação do homem.

Apesar do reaparecimento de algumas espécies, o interlocutor lamentou que um dos animais mais importantes deste parque, o búfalo preto, até agora não foi visto, tão pouco foi avistada qualquer ave ratita.

O médico veterinário fez saber que devido as difíceis condições das populações circunvizinhas ao Parque do Bicuar, e não só, este foi sofrendo agressões ambientais de vária ordem como a caça, que levou ao extermínio de muitos animais de grande porte como Olongos, Gungas, Elefantes, Zebras, Palancas, Bambis, Leopardos, Leões e outros.

Entre outros fatores que obrigaram a morte e/ou fuga de animais para locais mais seguros, apontou, o desmatamento praticado por madeireiros ao longo da zona fronteiriça ao parque, a colocação de lavras na zona tampão, que serviam como atractivos para a caça furtiva, a remoção das cascas cintagem das árvores no interior do Parque para a confecção de colmeias e as queimadas.

Afirmou que estas ações, que eram praticadas antes do estabelecimento de uma administração no interior do parque (em 2007), criaram um certo desequilíbrio nos ecossistemas que tarda em recuperar, apesar dos esforços da administração e do Governo Provincial.

Fonte: Angola Press

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