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Fazendeiros prendem pedaços de madeira nas patas dos cavalos para limitar sua locomoção

28 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)

O normal seria ver os cavalos correndo ao avistar a equipe de televisão Vtelevisión aproximando-se do seu local de pastagem. Entretanto estão impossibilitados, pois um pedaço de madeira que foi preso em suas patas os impede de cavalgar livremente.

Esse instrumento é colocado por fazendeiros da região de Muros, na Galícia, alegando servir para impedi-los de circular por áreas cultivadas e em rodovias, mas, pelo que se pode notar, não é bem o que acontece.

A ONG espanhola LIBERA! declarou à ANDA que se opõe ao uso de qualquer dispositivo que limite a circulação dos animais. Os seres vivos devem ser livres, cuidados e respeitados. Há muitas alternativas éticas para controlar os movimentos e proteger os animais das estradas e dos acidentes rodoviários. Não há justificativa para torturar animais com armadilhas.

Além disso, essa prática causa-lhes feridas e sérios danos à sua saúde e bem-estar. “Eles são obrigados a realizar um movimento da pata totalmente antinatural, então sofrem ferimentos, problemas musculares e, principalmente, traumas psicológicos, por verem-se privados de seu comportamento natural”, explica um representante da ONG LIBERA!.

Além de fraturas e deformações, que vão provocando a morte lenta e cruel desses animais, os turistas que visitam essa região filmam essa crueldade escandalizados.

O SEPRONA, Serviço de Proteção da Natureza, do Governo da Espanha, recebe diversas denúncias sobre esses abusos, principalmente, desde 2006, pois muitos desses animais sofrem e morrem por não poderem escapar dos incêndios de verão.

“Quando temos conhecimento dessa crueldade, tratamos de identificar os tutores desses cavalos. Uma vez que é feita a identificação, faz-se um informe de denúncia, que é emitido pelo conselho do meio rural”, conta um policial da Guarda Civil.

Porém, encontrar os culpados torna-se uma tarefa muito complicada, apesar da obrigatoriedade do uso de microchip que identifica os tutores. “Por não contar com nenhum dispositivo de identificação, já que os tutores não querem se responsabilizar pelos danos que ocasionam aos animais, fica muito difícil identificá-los”.

Como vem acontecendo no decorrer da história, eles são utilizados como arma de guerra e força de trabalho, sendo sempre impedidos de calvagar e usufruir da liberdade a que têm direito.

Assista aqui a um vídeo que denuncia essa atrocidade contra os cavalos:

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