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Além de sofrerem confinados, minks explorados em fazenda de pele estão morrendo de fome

23 de setembro de 2010
1 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato  (da Redação)

Além do sofrimento a que já são submetidos os animais confinados pela cruel indústria de pele, funcionários de uma fazenda de minks em Kaliningrad, na Rússia, estão fazendo os animais passarem fome como forma de reivindicar os salários não pagos, segundo informações da Associated Press.

“Os trabalhadores se recusaram a alimentar os animais porque não receberam salário desde dezembro”, disse o deputado da Russian Furs, Grigory Isayevich, responsável por manter confinados 300 mil minks em cinco fazendas.

Animais comiam uns aos outros

Os minks da fazenda já eram mal alimentados e sofriam de desnutrição crônica devido à crise econômica mundial. Esses pequenos mamíferos receberam nas últimas semanas apenas 30% a 50% da quantidade de ração indicada, disse Isayevich. “Alguns dias, ninguém lhes dava nada, nada mesmo”, ele acrescenta.

Em agosto, morriam até 500 animais por dia de fome na fazenda, e os minks começaram a comer uns aos outros, alegou Sergei Babasyuk, do departamento de agricultura da região de Bagrationovsky.

Um empregado da fazenda disse que “os minks estão tão debilitados que dá pena olhar para eles”.

No ano passado, a Rússia produziu cerca de 370 mil casacos de pele.

Minks de fazenda próxima a Moscow, 2005.

Nota da Redação: Neste cenário deprimente, a tortura sofrida pelos minks vem de todos os lados, de todas as formas: pelo confinamento, pela violação de seus direitos fundamentais, pela violência, pela fome, pela solidão, pelo desamparo de saber-se a caminho da morte. É vergonhoso, deplorável, repugnante que em pleno século 21 não tenhamos  aprendido muita coisa e continuemos a praticar crueldades contra seres indefesos.  Parece até que caminhamos no sentido contrário da evolução.

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