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Empresa porto-riquenha pretende aprisionar e vender macacos para laboratórios de pesquisa

21 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

Foto: Reprodução/Animals Change

A Bioculture Puerto Rico Inc. planeja capturar mais de 4 mil macacos de seu habitat natural nas ilhas Maurício e mandá-los de navio para Porto Rico, onde ficarão confinados em gaiolas e serão forçados a se reproduzir. Então, seus bebês serão separados logo depois de nascerem e mandados para laboratórios do mundo todo para serem usados em pesquisas cruéis e dolorosas.

Residentes de Guayama e membros do Puerto Rican Senate Enviromental Comittee não se impressionaram com o plano. No começo do ano, um juiz determinou que a construção do biotério deveria parar. A Bioculture abusou demais do meio ambiente, audiências públicas e outros protocolos. O Senate Environmental Committee disse que a compania mostrou uma atitude “desafiadora e desrespeitosa diante da lei”. Mas apenas uma semana depois a empresa apelou na corte e retomou as obras.

Segundo reportagem da Animals Change, a senadora de Porto Rico Melinda Romero Donnelly recentemente preencheu uma resolução (1514) pedindo ao serviço de pesca e vida selvagem dos EUA que impedisse a emissão da licença para a Bioculture importar, confinar, reproduzir e vender macacos em Guayama.

O biotério proposto não é apenas um pesadelo para várias gerações de macacos. A senadora Romero sublinhou a importância de preocupações com doenças que os macacos podem trazer à ilha, assim como ameaças à biodiversidade local. Porto Rico já tem problemas com macacos não nativos que escaparam de outros laboratórios e a Bioculture continua ignorando o impacto ambiental da construção.

Além dos problemas citados na corte, a Bioculture ainda recebeu multas por violar o Ato da Água Limpa. Não é surpresa alguma que uma companhia que vive da tortura de seres vivos também não se importe com o planeta.

A resolução 1514 do senado depende agora da aprovação dos governantes para expulsar de vez o biotério.

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