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Após tentativa sem resultado de explorar castores na indústria de peles, Argentina planeja matá-los para consumo

21 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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(Foto: Reprodução/El Diario)

Após lidar com o excesso do número de castores canadenses durante décadas, cientistas argentinos elaboraram um plano para transformar os roedores em pratos “gourmet”, ainda que a estratégia enfrente impedimentos administrativos que, por enquanto, têm salvado os animais da panela.

Os castores foram introduzidos na Terra do Fogo em 1946, quando a Marinha argentina importou 25 casais do Canadá a fim de expandir a indústria de peles. Mas o projeto fracassou e os animais começaram a se multiplicar sem controle, já que na Argentina não há predadores naturais para eles.

Pesquisadores do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) tentam agora transformar os castores em protagonistas dos menus dos restaurantes de Ushuaia, capital da província da Terra do Fogo, no extremo sul da Patagônia.

Vários chefs da região aceitaram a sugestão e criaram massas recheadas, pastéis e até patê de castor, explicou à Agência Efe Ezequiel Rodríguez, organizador do Festival Gastronômico Ushuaia a Fogo Brando, que é realizado todos os anos na cidade “do fim do mundo”.

A iniciativa foi freada pelos trâmites burocráticos necessários para que os produtos da caça sigam para o setor gastronômico.

Até agora, a estratégia elaborada pelos governos da Argentina e do vizinho Chile é erradicar esses animais por meio de métodos mais radicais, e isto deteve os esforços para levá-los aos fornos e panelas.

Com informações de Terra

Nota da Redação: Uma decisão que não considera os animais e privilegia ainda mais o ser humano. Tendo sofrido as consequências de terem sido levados ao país pelas mãos humanas, a fim de enriquecer a indústria cruel de peles, os castores agora são mais uma vez vitimados pela ganância e incompetência humana. Matá-los para consumo mostra o quanto estamos atrasados em relação ao respeito pelos animais, revelando nossa capacidade de se eximir da culpa pelos próprios erros e estragos causados na natureza. Se esse desequilíbrio está acontecendo pela interferência humana, o mínimo a se oferecer seria uma solução que trouxesse a harmonia, e não mais crueldade e tortura às únicas vítimas dessa história.


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