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Audiência sobre agressões a defensores de animais em puxada de cavalo será segunda-feira

18 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Está marcada para as 15h30min de segunda-feira (20) em Pomerode, no Vale do Itajaí, SC, a primeira audiência conciliatória sobre o caso das agressões a defensores de animais em abril deste ano, durante uma puxada de cavalos.

Defensores dos animais foram agredidos tentando defender os cavalos dos maus-tratos (Foto: Rafael Martins/clicRBS)

A juíza Iraci Satomi Kuraoka Schiocchet, da comarca de Pomerode, deve ouvir no Fórum os irmãos Miro Just e Ivo Just, indiciados por lesão corporal, além das pessoas que foram agredidas. Onze vítimas estão listadas no processo, entre integrantes de uma ONG protetora dos animais e um cinegrafista.

A juíza não foi encontrada durante toda a tarde de sexta-feira para comentar sobre o processo. Segundo informações do Fórum de Pomerode, ela estaria em audiências.

Procurado pelo Santa, Miro Just limitou-se a comentar que “estava tudo resolvido sobre o assunto”. O irmão, Ivo, não foi localizado. Os dois foram os organizadores da puxada, em que ocorreram as agressões, dia 18 de abril, no Clube Germano Tiedt.

Na época, os irmãos atribuíram ao público a ação violenta contra os manifestantes, que foram atingidos com socos, pedradas e ovos.

Logo após o caso, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o episódio. O processo foi aberto após denúncia do Ministério Público, por meio da promotora Patrícia Dagostin Tramontin. As intimações para comparecimento na audiência começaram a ser enviadas no final de julho.

Entenda o caso

A prefeitura de Pomerode incluiu a puxada de cavalos no calendário de eventos, elaborado pela Secretaria de Turismo. Em reportagem publicada pelo Santa dia 15 de abril, o município alegou que a iniciativa serve apenas para evitar que eventos ocorram no mesmo dia, e garantiu não apoiar a competição.

Dia 18 de abril, durante a puxada de cavalos, no Clube Germano Tiedt, associações de defesa animal organizaram um protesto. Manifestantes e jornalistas foram agredidos. Pelo menos duas pessoas tiveram ferimentos graves.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o episódio. Pessoas agredidas acionaram a Justiça contra o Clube do Cavalo, que atribuiu ao público a ação violenta.

Em 20 de abril, a Associação Visite Pomerode, que reúne empresários do setor turístico, solicitou à prefeitura que interceda para suspender a puxada de cavalos até que haja uma discussão sobre o tratamento dado aos animais. As empresas temem prejuízos à imagem do município e ao turismo.

Após a conclusão do inquérito, o Ministério Público apresentou denúncia à Justiça, indiciando os irmãos Miro Just e Ivo Just por lesão corporal. A juíza Iraci Satomi Kuraoka Schiocchet acatou a denúncia.

Fonte: Diário Catarinense

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