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“Artista” mantém mais de mil grilos vivos colados em tela durante exposição na Espanha

17 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

O presidente da Junta de Extremadura, uma comunidade autônoma da Espanha, Guillermo Fernández Vara, pediu nesta quinta-feira, 16, que o artista plástico Ismael Alabado e a sala de exposições Habana Espacio Libre, do município de Cáceres, retirem a polêmica “obra” que utiliza mais de mil grilos colados em uma tela.

A exposição “Zorba” foi denunciada por ecologistas de Extremadura,  já que qualquer manifestação envolvendo maus-tratos de animais ou que se utiliza deles para fazer algo supostamente artístico, foge de qualquer expressão cultural ou criativa.

O “artista” Ismael Alabado alega que se assegurou de que os grilos colados vivos na tela “não sofrem”, e que as pessoas apenas criticam “sem tentar ir além”.

Grilos foram colados em paredes (Foto: larazon.es)

O presidente de Extremadura, Guillermo Fernández Vara, disse que defende a liberdade de informação e de criação, mas que existem limitações, e, neste caso, o direito de criação do artista viola a proteção dos animais.

A Lei de Proteção Animal de Extremadura classifica como maus-tratos a manutenção de animais selvagens em cativeiro, e, para Guillermo Fernández Vara, é bastante claro que os grilos colados na parede são “animais selvagens em cativeiro, que não são capazes de fugir ou escapar, e são submetidos a maus-tratos, privados de alimento, colados na parede até que morram”.

Guillermo Fernández Vara (Foto: Extremadura El Día)

Guillermo Fernández Vara disse que, “pessoalmente, assim como a maioria das pessoas, evidentemente rejeita que se utilizem animais em uma criação artística, ainda mais se eles não podem se defender ou utilizar as possibilidades que tem para poder voar ou viver”.

Não bastasse todas as formas de exploração a que os animais são submetidos diariamente pelas mãos humanas, também são explorados para adornar “obras de arte” de um “artista” que apenas dissemina ainda mais a ideia de que animais são meros objetos.

Essa continuidade de exploração, servidão e descaso só terá fim quando cada indivíduo mudar seu comportamento em relação a qualquer atitude ou atividade que promova a falta de respeito aos animais.

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