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Égua com ferimento na pata corre risco de ser sacrificada em Palhoça (SC)

16 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Caco de vidro teria motivado o ferimento na pata de Nina (Foto: Alvarélio Kurossu)

Na tarde de terça-feira (14), na Comunidade Frei Damião, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), ao sair para buscar o material da reciclagem como faz todos os dias, o papeleiro Luiz Carlos dos Santos notou que poças de sangue da égua Nina se misturavam com a lama. Em um terreno tomado pelo lixo, nos fundos da pequena casa de madeira, o animal, que é explorado diariamente puxando carroça, estava sofrendo de intensa dor.

“Ela relinchava tentando espantar a dor. Foi um caco de vidro que cortou a pata”, lamentava Luiz Carlos, olhando para o corte na pata do animal.

Na tentativa de salvar o animal e sem dinheiro para comprar medicamento, Luiz improvisou açúcar e banha. O mistura fez o sangue parar de escorrer por um tempo.

Ninguém para ajudar

Na terça-feira, as polícias militar e ambiental estiveram no local, mas nada puderam fazer. De acordo com a assessoria, não compete a elas a responsabilidade nesses casos. Em algumas situações, a polícia pode sacrificá-lo.

O superintendente da Fundação do Meio Ambiente de Palhoça, Danilo Neto Al Cici, informou: “Só tratamos denúncias de maus-tratos. Não temos veterinários, nem carros, que possam socorrê-los.”

A cidade não possui Centro de Zoonoses. De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária de Palhoça, Osvaldo Maciel, um projeto está sendo estudado.

“Mesmo com o projeto, não vamos atender animais de grande porte. Quando o animal tem tutor, cabe a ele cuidá-lo”, disse.

Se você quiser ajudar no tratamento da égua Nina, ligue: (48) 8469-3872.

Com informações de Diário Catarinense

Nota da Redação: Animais não foram feitos para trabalhar para nós. Essa égua foi explorada à exaustão, escravizada ao puxar carroça, sem nenhum direito respeitado. Agora sofre consequências gravíssimas e corre o risco de ser sacrificada por não ter mais “utilidade”. O melhor a ser feito é abolir toda e qualquer exploração de animais e oferecer opções de substituição por veículos de tração éticos, como já conquistado em diversas cidades.

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