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Segunda injeção letal será aplicada na baleia encalhada em SC

13 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Biólogos e veterinários que acompanham a baleia-franca encalhada desde terça-feira em Laguna, no sul de Santa Catarina, devem executar hoje uma segunda tentativa de eutanásia para antecipar a morte do mamífero. Eles ainda não definiram a dosagem, as drogas e como a injeção será aplicada no animal.

A primeira tentativa de sacrificar a baleia na sexta-feira, com fortes doses de anestésicos, sedativos e relaxantes, deveria ter apresentado o resultado esperado em menos de uma hora. Mas fracassou.

Para que a segunda intervenção seja eficaz, os envolvidos na operação fazem vários contatos e troca de ideias com pesquisadores de outros países para escolha da dosagem e medicamentos fatais. Até a produção de uma seringa para uma aplicação dos remédios mais profunda foi discutida.

“Além da burocracia, esta situação envolve ferramentas especiais e um alto custo. Desde que tenhamos a certeza de que esta é a melhor decisão a ser tomada, nossa dedicação no caso será integral. Estamos comprometidos a ir em busca de recursos que possibilitem abreviar esta situação”, diz Goch, que também é a diretora de pesquisa do Projeto Baleia Franca.

Essa situação deve provocar uma mudanças de rumo nas pesquisas científicas e acadêmicas sobre a espécie. Apesar de bastante debilitado, o cetáceo apresenta uma resistência física inesperada.

Um dos desafios a ser debatido a partir de agora está em torno do tempo de vida do mamífero nesta situação. Segundo Karina Goch, que é PhD em Biologia Animal e há 16 anos faz pesquisas sobre a baleia-franca, acreditava-se que esse mamífero pudesse resistir no máximo três ou quatro dias nas atuais condições.

A baleia encalhada em Laguna completa hoje seis dias presa na areia, com respiração baixa, pele ressecada pelo sol e com órgãos vitais pressionados pelas mais de 40 toneladas de peso do corpo.

“Essa situação é bastante rara. Esse fato lança desafios nas pesquisas acadêmicas e científicas, pois sabemos pouco sobre a espécie e essa experiência nos ajudará a entender melhor a baleia-franca”, explica Karina.

Fonte: Diário Catarinense

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